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Este é o 5º artigo de 11 posts da série Mitos.
Olá, galera!
Hoje continuaremos com a série do primeiro capítulo da história de Warcraft,  a saga de Mythos.

Elfa Noturna - TCG

Já conhecemos um pouco da Nascente da Eternidade e da Guerra que se sucede, tal como a destruição da Nascente e a criação do Maelstrom. Vimos um pouco disso no artigo da Tyrande, dividido em duas partes, mas essa época realmente só é referida na parte 1.
Novamente temos uma Nota no título: “Os Kaldorei e a Nascente da Eternidade” é o título dado ao livro no jogo e tal livro pode ser encontrado em Tanaris e em Ventobravo. “O Despertar do Mundo e a Nascente da Eternidade” é o título dado no site da Battle.net em português, enquanto seu nome em inglês é “The Waking World and the Well of Eternity” e consta como uma sessão do Capítulo I da história de Warcraft: Mythos/Mitos. É o mesmo texto, com um título alternativo. Ambos servem para o conteúdo de forma com que o sentido não se perca.

Capa do 1º livro da Trilogia: War of the Ancients

O Despertar do Mundo e a Nascente da Eternidade

Dez mil anos antes dos orcs e dos humanos emplacarem em sua Primeira Guerra, o planeta de Azeroth era formado por apenas um continente enorme, rodeado por oceanos. Esta terra, conhecida como Kalimdor, era lar de inúmeras raças e criaturas, que procuravam sobreviver entre os elementos do mundo que despertava. Ao centro do continente sombrio estava um lago de energias incandescentes. O lago, que depois seria chamado de Nascente da Eternidade, era o verdadeiro coração da magia do mundo e de seu poder natural. Retirando suas energias da Grande Treva [Great Dark] além deste mundo, a Nascente agia como uma fonte mística, enviando sua energia potente pelo mundo, semeando a vida em todas as suas magníficas formas.

Com o tempo, uma tribo primitiva de seres noturnos se aproximou cautelosamente das margens do lago. Estes nômades e ferais, atraídos pelas estranhas energias da Nascente, construíram cabanas em suas margens tranquilas. E pouco a pouco o poder cósmico do lago afetou a tribo, os fazendo fortes, sábios e virtualmente imortais. A tribo adotou o nome de Kaldorei, que significa “Filhos das Estrelas” na língua nativa. Para celebrar o florescimento de sua sociedade, eles construíram grandes templos e construções em volta do lago.

Os Kaldorei, ou elfos noturnos, como seriam conhecidos mais tarde, adoravam a deusa da lua, Eluna [Elune], e acreditavam que ela repousava no fundo cintilante da Nascente durante o dia. Os primeiros sacerdotes e videntes élficos debruçaram-se em estudos sobre a Nascente, guiados por sua curiosidade insaciável de revelar seus segredos e poderes. Com o desenvolvimento da sociedade, os elfos noturnos exploraram as outras regiões de Kalimdor e descobriram seus demais habitantes. De todos, os antigos e poderosos dragões foram os únicos que realmente os impressionaram. Embora os grandes seres se mostrassem reclusos, eles davam seu melhor para proteger esta terra de ameaças em ptencial. Os elfos noturnos descobriram que os dragões haviam tomado para si o papel de protetores do mundo – e concordaram que os guardiões e seus segredos deveriam permanecer intocados.

A curiosidade dos elfos noturnos fez com que eles estabelecessem laços fraternais com várias entidades de poder, entre elas, o semideus das florestas primevas, Cenarius. Este ser benevolente desenvolveu uma afeição profunda pelos inquisitivos elfos noturnos e dedicou muito tempo a ensiná-los sobre a natureza. Os tranquilos Kaldorei desenvolveram forte empatia pelas florestas vivas de Kalimdor e se deleitavam com o equilíbrio harmonioso da natureza.

Cenarius, filho de Elune e Malorne, no TCG

Com o passar de incontáveis eras, a civilização noctiélfica expandiu-se tanto territorialmente quanto culturalmente. Seus templos, estradas e lares espalharam-se por todo o continente sombrio. Azshara, a linda e talentosa rainha dos elfos noturnos, construiu um palácio maravilhoso às margens da Nascente da Eternidade, que abrigava os servos favoritos da rainha em seus salões repletos de riquezas. Seus servos, a quem ela chamou de Quel’dorei, ou “Altaneiros”[“Highborne“] acreditavam serem superiores aos seus irmãos. Ainda que a rainha fosse igualmente amada por todo o seu povo, os Altaneiros eram secretamente invejados e desgostados pelo restante dos elfos noturnos.

Rainha Azshara

Compartilhando da curiosidade dos sacerdotes pela Nascente da Eternidade e influenciada por Xavius, Azshara ordenou que os Altaneiros revelassem os segredos e o verdadeiro propósito da Nascente no mundo. Assim, seus obedientes súditos lançaram-se ao estudo da Nascente incessantemente e, com o tempo, desenvolveram a habilidade de controlar as energias cósmicas das águas do lago. À medida que os experimentos prosseguiam, os elfos encontraram maneiras de usar o poder para criar e destruir conforme seus caprichos. Os imprudentes Altaneiros haviam encontrado magia primitiva e se devotariam ao domínio de tamanha força. Mesmo conscientes de que a magia poderia ser perigosa se manipulada de forma irresponsável, Azshara e seus seguidores começaram a praticá-la negligentemente. Muitos noctiélficos (termo em português para elfos noturnos), bem como Cenarius, advertiram que só calamidades seriam geradas dessa brincadeira com as artes mágicas claramente voláteis. Mas a rainha e seus fiéis súditos continuaram, obstinados, a expandir seus crescentes poderes.

Conforme seu poder expandia, Azshara e seus Altaneiros sofriam de algumas modificações notáveis. A já arrogante e indiferente classe superior se tornou cada vez mais insensível, até mesmo cruel, com seus irmãos elfos noturnos. Um manto escuro e melancólico velou a beleza de Azshara outrora fascinante. Ela se afastou de seus queridos servos e se recusava a interagir com qualquer um que não fizesse parte de seus confiáveis sacerdotes Altaneiros.

Um jovem estudioso chamado Malfurion Tempesfúria [Malfurion Stormrage], que havia se dedicado às artes primitivas do druidismo, começou a suspeitar que um poder terrível estava corrompendo os Altaneiros e sua amada rainha. Embora não pudesse imaginar o mal que estava por vir, ele sabia que a vida dos elfos noturnos seria mudada para sempre…

Conheça melhor no contexto:

Rainha Azshara 

Azshara fora a amada líder dos Kaldorei há dez mil anos. A rainha nasceu com os olhos dourados, uma característica rara e considerada como sinal de grandeza futura. De fato, ela foi considerada a mais bela do seu povo e rapidamente se tornou a rainha mais amada da história dos elfos noturnos. Apesar de ser uma Altaneira e ter muito poder, seus súditos que não faziam parte da elite não a consideravam como tal e a amavam muito, tamanho seu charme.

Um belo dia, seu conselheiro mais confiável se aproximou com a idéia de usar o poder da Nascente da Eternidade para limpar o mundo e transformá-lo em um lugar perfeitos aos olhos de Azshara.

Azshara tinha uma vontade de ferro e uma mente manipulativa, e  ainda possuía um talento mágico acima de qualquer outro elfo. Quando foi coroada, mandou construir um palácio ao lado da Nascente da Eternidade. A cidade foi chamada de Zhi-Azshari (Glória de Azshara) em sua homenagem.

Então vamos ver, Azshara era extremamente carismática e tinha tantas qualidades que seus defeitos passavam praticamente despercebidos por todos. Qualquer um de seus servos daria a vida cegamente para que a rainha os percebesse. Varo’then era um desses servos. Você pode enfrentá-lo na instância Nascente da Eternidade com Mannoroth.

Azshara realmente nunca sentiu nada pelo Capitão e seu charme não funcionava nele. Não precisava, ele estava já completamente apaixonado pela rainha.

Segundo o livro “The Sundering”, Azshara viu em Sargeras um possível companheiro. Xavius achava que era imune aos charmes de Azshara, e Mannoroth descobre que os poderes de Azshara ultrapassam os dele em muito, que apenas os generais da Legion, Archimonde e Kil’jaeden, poderiam igualar seus poderes aos de Azshara.

No lançamento do Cataclysm, com uma zona chamada Vash’jir, houve muita especulação em cima de Azshara, mas infelizmente não tivemos nenhuma raid com ela…

 Xavius

Se existe alguém que você pode culpar pelas maiores desgraças de Azeroth envolvendo elfos, este é o nome do cara. (Isso não tira a parcela de culpa da Rainha aí.) Veremos isso nos próximos textos claramente. Pense nesse texto como uma introdução à Guerra dos Anciãos [War of the Ancients].

Xavius era o Alto Conselheiro da Rainha Azshara e era conhecido por duas características marcantes. Uma era a sua grande habilidade e performance em manobras políticas sutís. E a outra era a sua falta de olhos. Ah sim, ele também será o primeiro Sátiro (Satyr) de Azeroth.

No lugar dos olhos, Xavius implantara dois cristais negros mágicos com pontos escalates.

 

Um addendo: Um Kaldorei normal podia masterizar o arcano se ele quisesse e tivesse acesso à isso e foi comum à população noctiélfica, criando organizações como os feiticeiros militares de Moon Guard. Illidan se encaixa neste perfil.

Agora eu procurarei intercalar os posts sobre a Lore do universo de Azeroth em si e um personagem/assunto que tem ou terá importância nesse período.

Semana que vem, vamos falar um pouco de quem foi Malfurion Tempesfúria [Stormrage], um pouco do que é o druidismo no World of Warcraft e como ele começou a ser praticado e o porquê.

 

Fontes para este artigo incluem:

Warcraft III: Reign of Chaos/Frozen Throne (jogo)

World of Warcraft

War of the Ancients Trilogy – Richard A. Knaak (2004)

http://www.wowpedia.org/The_Waking_World_and_the_Well_of_Eternity

http://us.battle.net/wow/pt/game/lore/story-so-far/chapter-1/5#readmode

http://www.wowpedia.org/Queen_Azshara

http://www.wowpedia.org/Varo%27then

http://www.wowpedia.org/Timeline_(from_official_site,_2007)

http://www.wowpedia.org/Xavius

http://www.wowpedia.org/The_Well_of_Eternity