Pois eu sou Gul’dan… eu sou a escuridão encarnada. Eu não vou ser negado. – Gul’dan
Olá pessoal! Hoje temos mais um artigo de lore e nele vamos falar sobre um dos maiores vilões do Warcraft: Gul’dan. Ele é um dos meus vilões favoritos porque ele não é um vilão que ficou louco, corrompido por deuses antigos, ou que fez coisas ruins com uma intenção nobre, nem nada parecido. Ele é mau simplesmente porque a única coisa que ele quer é poder e não se importa com mais ninguém além dele mesmo. Ele sacrificaria a alma da própria mãe por um pouquinho a mais de poder e não ficaria com um pingo de peso na consciência por isso. Então vamos conhecer um pouco melhor a sua história?
Origem da Horda
Introdução
A história de Gul’dan começa em Draenor, o planeta nativo dos orcs. Os orcs dividiam este planeta com os Draenei, que se estabeleceram ali depois de muitos anos fugindo da Legião Ardente. Estas duas raças não eram muito próximas, mas eram amigáveis e respeitavam a presença um do outro.
Gul’dan fazia parte do Clã da Lua Negra, e era um xamã aprendiz de Ner’zhul. Ner’zhul era o xamã mais respeitado entre os orcs, e apesar dos clãs serem independentes, Ner’zhul era considerado o líder espiritual de todos eles.
Um dia Ner’zhul teve uma visão de alguém que se dizia um espírito ancestral, falando que os draenei eram uma ameaça e os orcs deveriam começar uma guerra contra eles. Ner’zhul então convocou todos os clãs para falar de sua visão, e por ser alguém respeitado todos acreditaram nele. Então os orcs começaram a treinar e se preparar para esta guerra contra os draenei.
Então os ataques a grupos de draenei começaram. Mas depois de um tempo Ner’zhul percebeu que tinha algo errado pois os elementos pararam de responder ao chamado dos xamãs. Então ele foi a Oshu’gun, um lugar sagrado para os orcs, conversar com os espíritos dos ancestrais. Lá ele descobriu que tinha sido enganado, que o espírito que estava conversando com ele e que o convenceu que os draenei eram uma ameaça na verdade era um demônio chamado Kil’jaeden. Os espíritos estavam muito bravos com o que os orcs estavam fazendo aos draenei e por estarem fazendo as vontades de um demônio, isso não era algo honroso, e por isso os ancestrais e os elementos pararam de responder.
Isso deixou Kil’jaeden furioso, pois ele considerava Velen como um irmão. Ele se sentiu traído. Então Kil’jaeden iniciou uma perseguição para encontrar Velen e os outros, mas eles sempre conseguiam fugir. Um dia Kil’jaeden descobriu que eles estavam neste planeta – Draenor – e teve uma ideia. Ao invés de ir atrás deles diretamente e eles acabarem fugindo novamente, ele viu potencial nesta outra raça que também estava no planeta, os orcs, e resolveu manipulá-los para que eles atacassem Velen e os draenei.
Mais detalhes desta história aqui!
Após sua descoberta em Oshu’gun Ner’zhul ficou arrasado por ser o responsável por ter levado os orcs por um caminho que ia contra os princípios do seu povo e a vontade dos ancestrais, e se sentiu tolo por ter sido enganado desta forma. No caminho de volta pra casa ele estava pensando em uma forma de reverter a situação, de se redimir perante os espíritos e fazer seu povo voltar às suas raízes. Mas Gul’dan tinha seguido ele e ouviu toda a conversa. Ele viu que Ner’zhul ia trair Kil’jaeden e abandonar o plano de atacar os draenei. Então Gul’dan contou tudo isso para Kil’jaeden, que ficou furioso com Ner’zhul mas não fez nada com ele por enquanto. Ele queria que Ner’zhul visse o que seu povo iria se tornar e saber que no fundo foi tudo por sua culpa.
Ao contrário de Ner’zhul, Gul’dan não se importou nem um pouco em descobrir que Kil’jaeden era um demônio. Gul’dan não se importava com os costumes, nem com os orcs, muito menos com os draenei. Gul’dan só queria uma coisa: poder. Para Gul’dan esta traição de Ner’zhul foi ótima, pois agora ele tomaria seu lugar como aliado de Kil’jaeden. E ao contrário de Ner’zhul, ele não precisava de enganações. Kil’jaeden podia ser honesto com ele em suas intenções. Então quando Kil’jaeden fez a proposta de ensinar Gul’dan a usar poderes demoníacos em troca de sua ajuda para manipular os orcs, Gul’dan aceitou imediatamente. Gul’dan então iniciou seu trabalho de remodelar os orcs e criar a primeira horda.
Criação da primeira Horda
Gul’dan selecionou alguns orcs de confiança e fundou o Concílio das Sombras, um grupo que conhecia parte de seus verdadeiros planos e que iria liderar os orcs por baixo dos panos. Ele também apontou Mão Negra como o chefe guerreiro da horda, e pela primeira vez todos os clãs de orcs estavam unidos sob o comando de um único líder. Mão Negra acreditava que Gul’dan sempre contava seus planos pra ele e eles eram iguais, mas na verdade Gul’dan usava ele apenas como um fantoche, uma figura de líder. Na prática era Gul’dan quem determinava todos os movimentos dos orcs.
Como os elementos tinham parado de responder os orcs, os xamãs estavam sem poderes. Então Gul’dan ensinou a eles uma nova forma de magia, manipulando energia vil, invocando demônios, e causando um dano devastador aos draenei. Assim surgiram os primeiros bruxos.
Contemplem aqueles que têm poder, e que não têm medo de empunhá-lo. Contemplem… os bruxos. – Gul’dan
Gul’dan também começou a fazer diversos experimentos. Ele e os bruxos começaram a drenar a vida das crianças, causando assim um envelhecimento precoce para aumentar o número de orcs aptos a ajudar na guerra contra os Draenei. Um outro experimento de Gul’dan foi a criação de híbridos, misturando orc e draenei. Foi nessa época que a Garona nasceu, de um pai orc e uma mãe draenaia.
A maioria dos orcs estavam seguindo essas ordens sem problemas, mas alguns se mostraram contra todas essas mudanças, como Durotan e todo o clã Lobo de Gelo. Durotan não gostava nem um pouco das magias demoníacas que os bruxos usavam nem dos novos costumes dos orcs. Mas mesmo assim ele permitiu que os seus xamãs se tornassem bruxos, pois eles também precisavam se defender durante a guerra, e estariam muito vulneráveis apenas com seus xamãs sem poderes. Além disso, ele sabia que desobedecer a Horda traria grandes problemas para o seu clã.
Mesmo com seu exército e magias poderosas, Gul’dan achou que eles ainda não tinham força suficiente para derrotar os draenei, e eles precisavam aumentar suas tropas. Então ele teve a ideia de recrutar ogros, o que parecia loucura já que os ogros e os orcs sempre foram inimigos. Mas nesta época os ogros estavam sendo escravizados pelos gronns, então Mão Negra foi conversar com eles propondo comida, armas, uma guerra contra os draenei para eles brigarem e claro, o fim do sofrimento nas mãos dos gronns. Os ogros ficaram felizes com a proposta e se juntaram à Horda.
Conquista de Draenor
Com todos os clãs unidos sob a bandeira da Horda, o poder devastador dos bruxos e a ajuda dos ogros, os orcs estavam aniquilando os draenei e destruindo um a um seus acampamentos e cidades. Mas ainda tinha uma coisa que estava incomodando Gul’dan.
Apesar da maioria dos xamãs terem se tornado bruxos, alguns ainda tentavam se comunicar com os ancestrais e usar os elementos. Gul’dan viu isso como um risco, então ele decidiu acabar com o xamanismo de uma vez por todas. Para resolver o problema dos ancestrais, ele selou Oshu’gun para deixar os seus espíritos presos e incomunicáveis para sempre.
Para acabar de vez com toda a comunicação com os elementos, Gul’dan usou a Cifra da Danação, que cortou a ligação entre Draenor e os planos elementais. Ele fez isso no Vale da Lua Negra, e com este ritual surgiu a Mão de Gul’dan, um pico no meio do vale. A cifra é um feitiço muito forte que pode ser conjurado por bruxos, que estava guardado em um tomo.
Depois disso ele ordenou um ataque ao Templo de Karabor e após a vitória dos orcs ele se mudou para lá junto com o seu clã, e o local passou a ser chamado Templo Negro.
Neste ponto os orcs já tinham conseguido praticamente erradicar os draenei. Já tinham atacado e vencido em todas as suas capitais, exceto uma: Shattrath. E antes desta última batalha, Kil’jaeden ofereceu um presente para os orcs: o sangue de Mannoroth. Todos os orcs foram convocados por Gul’dan para o Trono de Kil’jaeden, onde ele ofereceu o sangue para todos. Grommash Grito Infernal foi o primeiro voluntário para tomar o sangue e foi seguido por quase todos os outros orcs, enquanto Orgrim Martelo da Perdição preferiu não tomar.
Porém, Ner’zhul mostrou que ainda estava disposto a lutar contra os planos de Gul’dan e Kil’jaeden, e antes da cerimônia enviou uma carta para Durotan alertando para ele não tomar o sangue, pois eles ficariam de fato mais fortes, mas se tornariam escravos da legião. Durotan acreditou em Ner’zhul, e assim como seu amigo Orgrim, não tomou o sangue de Mannoroth.
Eles vão pedir para você beber. Recuse. Isto é o sangue de almas retorcidas, e ele vai retorcer a sua e a de todos que beberem. Ele vai escravizar vocês para sempre. Pelo amor de todos que já foram queridos para nós, recuse. – Ner’zhul para Durotan
Ao tomar o sangue os orcs ficaram com os olhos vermelhos e uma sede de sangue insaciável. Eles então foram para a batalha em Shattrath, aniquilaram todos os draenei que estavam ali, e assim a guerra foi vencida pelos orcs.
Azeroth
Abertura do portal
Uma vez que os draenei tinham sido derrotados, Kil’jaeden se deu por satisfeito e abandonou Gul’dan e os orcs. Ele assumiu que não seria possível Velen ter sobrevivido a um ataque desta magnitude e foi embora achando que sua missão estava cumprida.
Draenor tinha se tornado um lugar árido, com pouca comida e pouca água por causa da magia vil. Os orcs também continuaram com a sede de sangue, então começaram a brigar entre si por falta de um objetivo melhor para conquistar. A situação estava realmente crítica e eles acabariam se matando e definhando naquele planeta abandonado. Porém, um dia Medivh entrou em contato com Gul’dan e finalmente a situação iria mudar.
Medivh na época estava possuído por Sargeras, que por sua vez viu utilidade neste exército de orcs sob o controle da legião, e resolveu usá-los para conquistar o único mundo que não havia sucumbido a um dos seus ataques. Por isso ele teve a ideia de levar estes orcs para Azeroth, e assim facilitar seu trabalho de conquistar o planeta.
Então Medivh mostrou para Gul’dan uma nova terra com muita comida, água, recursos, e vários humanos para brigar. Ele e os orcs gostaram da ideia de ir para um lugar assim, e começaram a construir o Portal Negro em Draenor, enquanto Medivh construiu o portal em Azeroth.
Gul’dan não gostou nem um pouco do sumiço de Kil’jaeden após a guerra contra os draenei. Promessas tinham sido feitas a ele de poderes inimagináveis, e uma vez que ele cumpriu com a sua parte do plano, Kil’jaeden não fez a parte dele. Por isso este mago humano despertou muito o interesse de Gul’dan pois ele percebeu a magnitude de seus poderes, e que assim ele poderia de alguma forma conseguir o que lhe havia sido prometido.
Então Gul’dan e Medivh conseguiram abrir o portal para este novo mundo, e a primeira invasão iria começar.
Primeira Guerra
Chegando em Azeroth Gul’dan enviou Garona a Karazhan para espionar o mago Medivh. Ele queria informações sobre os humanos, e claro, também sobre os poderes de Medivh. Como Garona era fruto de um experimento de Gul’dan, quando criança ela foi muito torturada, e ele colocou feitiços em sua mente para que ela fosse sempre leal e obediente. Ela também foi treinada como uma assassina.
Garona não foi a única enviada a Karazhan para espionar Medivh. O próprio Kirin Tor tinha interesse em suas atividades e também enviou um espião que supostamente seria um aprendiz, o Hadggar. Eventualmente Garona e Hadggar descobriram que Medivh estava possuído por Sargeras, e com a ajuda de Anduin Lothar, mataram Medivh e o espírito de Sargeras que tentou sair de seu corpo.
Para o azar de Gul’dan, nesta época ele frequentemente conjurava feitiços para entrar na mente de Medivh para descobrir seus segredos, e ele estava fazendo isso justamente no momento de sua morte. Isso fez com que Gul’dan entrasse em um coma.
Depois da morte de Medivh, Garona, Lothar e Hadggar foram até Ventobravo avisar o rei Llane Wrynn sobre a existência do portal e a invasão dos orcs, e Garona foi aceita no conselho de Ventobravo e ganhou a confiança do rei. Por ter passado muito tempo convivendo com Haddgar e Medivh ela passou a confiar neles e escolheu colocar sua lealdade na Aliança. Porém, ela ainda estava sob o efeito do feitiço de Gul’dan, e este feitiço foi ativado pelo ogro Cho’gall, que então ordenou Garona a assassinar o rei. Cho’gall era um dos lacaios de confiança de Gul’dan por isso ele pôde fazer isso mesmo com o seu mestre estando em coma.
Com a morte de Llane, os orcs conseguiram conquistar facilmente Ventobravo e venceram a primeira guerra.
Segunda Guerra
Gul’dan ficou em coma durante algum tempo, e quando ele acordou a situação tinha mudado bastante pra ele. Então vamos falar um pouco sobre alguns eventos que aconteceram antes e durante seu coma.
Durotan não estava nem um pouco contente com as ações da horda. Ner’zhul tinha contado pra ele os planos de Gul’dan e quando Durotan viu que uma criança orc foi sacrificada para abrir o Portal Negro foi demais pra ele. Em Azeroth ele confrontou Gul’dan sobre tudo isso, e como resultado o clã Lobo de Gelo foi expulso da horda, tendo que permanecer exilado dos demais orcs.
Durotan e Orgrim Martelo da Perdição eram amigos de infância. Orgrim fazia parte do concílio das sombras, e era o braço direito de Mão Negra. Mesmo assim, Durotan se arriscou e foi junto com Draka e seu filho ainda bebê conversar durante a noite com Orgrim para contar tudo o que ele sabia. Orgrim ficou horrorizado ao saber dos verdadeiros planos de Gul’dan, mas acreditou em Durotan. E prometeu ao seu amigo que eles iriam derrubar o concílio das sombras e recuperar a honra dos orcs.
Após esta conversa, quando Durotan e sua família voltavam pra casa, assassinos que tinham sido deixados por Gul’dan como espiões encontraram os três e mataram Durotan e Draka, e deixaram o bebê Thrall para morrer na floresta.
A morte de seu amigo foi a gota d’água para Orgrim, que aproveitou o fato de Gul’dan estar em coma para matar praticamente todos os integrantes do Concílio das Sombras, incluindo Mão Negra. Desta forma, Orgrim passou a ser o novo chefe guerreiro da horda.
Quando Gul’dan acordou do coma, ele viu que seu amigo Cho’gall estava ao seu lado, mas que todos os seus outros aliados estavam mortos. Gul’dan sempre fez uso de seus aliados para conseguir o que quer, e agora ele percebeu que praticamente todas as peças de seu tabuleiro tinham sido removidas. Quando Orgrim descobriu que Gul’dan tinha acordado ele foi ao seu encontro para matá-lo e finalmente acabar com o principal membro do concílio das sombras.
Eu? Não. Não tenho nenhum desejo de marchar pelas ruas com um machado ou um martelo, encontrando meus inimigos na carne. Meu caminho é muito mais grandioso. Vou encontrá-los em espírito e esmagá-los de longe, devorando-os às centenas e aos milhares. Logo, tudo o que me foi prometido será meu, e então Martelo da Perdição será como nada para mim. Mesmo o poder da Horda não será nada perante a mim, e eu vou estender minha mão e limpar este mundo, e refazê-lo em minha própria imagem! – Gul’dan quando Cho’gall perguntou se ele queria ser Chefe Guerreiro
Mas se tem uma coisa sobre Gul’dan que não pode ser subestimada é sua esperteza e sua capacidade de manipular as pessoas.
Pra começar, por mais que Orgim odiasse os bruxos, Gul’dan apontou que eles eram necessários na guerra para combater os magos da Aliança, e Gul’dan por acaso era o bruxo mais poderoso entre os orcs. Além disso, Gul’dan ofereceu mais tropas poderosas para Orgrim: os cavaleiros da morte. Gul’dan disse para Orgrim que com seus conhecimentos de necromancia ele poderia reviver os corpos de soldados mortos da Aliança e colocar a alma de seus bruxos que também tivessem morrido dentro destes corpos. Teron Gorefiend foi um dos primeiros cavaleiros da morte criados desta forma.
Por mais que Orgrim odiasse Gul’dan e suas magias demoníacas, ele não podia negar que sem os bruxos eles teriam poucas chances na guerra, e que este exército de mortos-vivos era muito OP extremamente poderoso. Então ele resolveu dar esta chance e poupar Gul’dan. Mas Orgrim iria ficar o tempo todo de olho em suas ações e vigiando cada passo de Gul’dan para evitar possíveis traições.
Claro que Gul’dan não estava nem aí pra horda, nem pro Orgrim, nem para a guerra contra a Aliança. Ele fez tudo isso apenas para ganhar um pouco de tempo para poder ir atrás do que ele realmente queria. Enquanto estava fuçando na cabeça do Medivh, ele descobriu sobre a existência da Tumba de Sargeras, e que neste local se encontrava um artefato muito poderoso: o Olho de Sargeras. Então só restava a Gul’dan esperar o momento certo de ir pra lá buscar este artefato.
Esta oportunidade veio quando a horda resolveu invadir Quel’thalas, a terra dos elfos. Os elfos protegiam suas terras através de pedras mágicas, e Gul’dan pediu permissão a Orgrim para fazer experimentos com estas pedras. Orgrim permitiu, e usando a magia destas pedras ele conseguiu transformar os ogros em magos. Parecia mais uma vantagem para as tropas de Orgrim, mas o que ele não sabia é que estes ogros inteligentes não eram leais à horda, e sim a Gul’dan.
Então em um momento crucial para a horda na guerra contra os humanos, o cerco a Lordaeron, Gul’dan traiu Orgrim e ao invés de se juntar à batalha com seus ogros-magos e bruxos, eles se separaram e zarparam em direção à Tumba de Sargeras.
Chegando na ilha Gul’dan usou seus magos para levantar a tumba que estava submersa, e entrou junto com alguns integrantes de sua tropa. A Tumba de Sargeras era um local extremamente protegido. Quando Aegwin a criou, colocou proteções mágicas que ninguém de Azeroth seria capaz de violar. Mas Gul’dan não é de Azeroth, então ele conseguiu entrar na tumba.
Dentro da tumba havia alguns guardiões, que foram matando os aliados de Gul’dan aos poucos. No fim, ele estava sozinho dentro da tumba sem ninguém para ajudá-lo, mas ainda assim acreditava que seu poder era suficiente para recuperar o Olho de Sargeras sozinho. Mas ele sofreu uma emboscada dos guardiões e finalmente foi atacado por demônios. Estes demônios dilaceraram Gul’dan, que sofreu uma morte bem dolorosa.
Maldito seja, Sargeras! Eu não serei derrotado assim! Eu sou Gul’dan! Eu sou a escuridão encarnada! Isto não pode acabar… assim.
E assim foi o fim de Gul’dan. Mas sua história não termina por aqui.
Orgrim perde a guerra
Por causa desta traição de Gul’dan, Orgrim ficou enfurecido. Ele não ia admitir este tipo de traição na horda, então ele dividiu suas forças para ir atrás de Gul’dan. Orgrim era um orc que dava muito valor à honra, e não podia deixar este tipo de ação sem punição, mesmo que isso levasse a horda a perder a guerra contra a Aliança.
Quando Orgrim chegou à Tumba de Sargeras encontrou alguns dos aliados de Gul’dan que não tinham entrado na tumba, e eles foram derrotados facilmente. Quanto ao Gul’dan, ele já tinha morrido a esta altura.
Com suas forças divididas, a horda não teve chances contra a Aliança, por isso Orgrim ordenou que a horda recuasse até a montanha Rocha Negra, onde Orgrim foi derrotado por Turalyon e assim a Aliança venceu a segunda guerra.
É interessante pensar que graças a esta traição de Gul’dan a Aliança conseguiu vencer a segunda guerra. Se não fosse por ele, provavelmente os orcs teriam vencido, tomado Lordaeron, e a história de Azeroth teria sido muito diferente.
O crânio de Gul’dan
Mesmo após sua morte, Gul’dan continuou tendo um papel bastante importante na história. Ele era tão maligno que seu próprio crânio se tornou um artefato poderoso.
Ner’zhul usou este crânio para abrir o Portal Negro pela segunda vez, Hadggar usou o crânio para fechar este mesmo portal, e até o Asa da Morte ficou com ele durante um tempo. Mais tarde seu crânio foi responsável pela corrupção de toda a Selva Maleva, e por fim acabou nas mãos de Illidan. Dizem que Gul’dan sussurrava e conversava com quem estivesse na posse de seu crânio.
Não se sabe exatamente o motivo de seu crânio ter estes poderes. Talvez esteja relacionado com a forma que ele morreu na Tumba de Sargeras, ou simplesmente seus poderes demoníacos adquiridos em vida permaneceram neste crânio após a sua morte. E depois que Illidan foi derrotado no Templo Negro, seu paradeiro é desconhecido.
Gul’dan Alternativo
Em Warlords of Draenor nós conhecemos um outro Gul’dan, de uma linha temporal diferente. Alguns detalhes de sua história mudam um pouco, mas sua personalidade e sede por poder continuam as mesmas.
O Gul’dan alternativo também fez um pacto com a Legião Ardente. Isso é natural, uma vez que Sargeras e os demônios mais poderosos da legião são uma ótima fonte de poder.
Na cinemática final de Cidadela do Fogo do Inferno, nós vemos Arquimonde furioso dizendo a Gul’dan que eles tinham um pacto, e enviando ele para algum lugar antes de morrer.
Gul’dan! Você fez um pacto. – Arquimonde
Após a divulgação de Legion, nós podemos assumir que ele foi enviado para a nossa Azeroth, e podemos especular que este pacto entre eles era que Gul’dan ajudaria a Legião a conquistar Azeroth. Ele também vai ressuscitar Illidan, mas não sabemos exatamente o motivo. O que podemos esperar de Gul’dan em Legion? Que maldades ele tem planejadas para nós? Eu não vejo a hora de descobrir!
Nossa história termina aqui, espero que tenham gostado de conhecer um pouco melhor um dos seres mais malignos e inescrupulosos de Azeroth!
Figuras: Enclave Zandalari