No dia 9 de abril, milhares de jogadores da comunidade Secret Finding do Discord se uniram para encontrar páginas escondidas por toda Azeroth, de Uldum à Nascente da Eternidade. A recompensa para quem desvendasse o enigma dos Caçadores de Mentes era a montaria Vermental do Enigmista. Neste texto, vamos falar um pouco sobre a origem dos Caçadores de Mentes, revelar a verdadeira resposta de cada enigma e conversar sobre os desafios de criar itens escondidos em Azeroth.

O COMEÇO DE TUDO

Assim como qualquer outro conteúdo, adicionar coisas escondidas ao jogo começa com uma ideia legal. Em alguns casos, o que dá gás a tudo isso é uma recompensa ou um simples detalhe. A sequência de orbes ocultos que desbloqueava Kosumoth, o Faminto, por exemplo, nasceu quando a equipe teve a ideia de dar a um único jogador crédito pelo feito em toda sua região.

Também tivemos uma certa competição na equipe de design para ver quem criava a caverna mais escondida.

Já o Vermental do Enigmista surgiu logo quando a equipe estava tendo ideias para as montarias do patch 7.2. Ele não se encaixava bem em nenhuma classe, mas nós queríamos muito ter um verme sinistro de outro plano existencial. Quando o Vermental chegou a Azeroth, ficou claro que ele precisava de um lar surreal.

ENIGMAS DOS CAÇADORES DE MENTES

A criação dos enigmas dos Caçadores de Mentes começou com uma cifra. Como certos jogadores descobriram, o código nesse caso era o Warcraft Crônicas: Volume 1. Todos os enigmas começavam com imagens ou trechos desse livro, mas nem todas as pistas foram seguidas da maneira correta. Na verdade, alguns jogadores foram pelo lado contrário!

Nós esperávamos que os jogadores começassem a reunir informações por meio de coleta de dados. As páginas, quando colocadas em ordem, formavam o código ISBN do livro. A partir dali, bastava usar a primeira pista – “… do mar, do espírito e de si…” – para desvendar o local da segunda pista. A chave estava no gráfico cosmológico:

Na interseção dos planos da água (do mar), do espírito (do espírito) e da realidade (de si) fica o Sonho Esmeralda. Sendo assim, a segunda pista estava perto do portal do Sonho Esmeralda, em Azeroth. Embora essa solução tenha sido proposta no canal do Discord logo na primeira noite, a página só foi encontrada algum tempo depois. Parabéns ao jogador que teve essa sacada!

Após desvendarem esse enigma, esperávamos que os jogadores fizessem duas relações:

• As soluções estariam no World of Warcraft: Crônicas – Volume 1.
• As soluções envolveriam a triangulação de três elementos de alguma imagem.

PESSOAL! AQUI DENTRO!

Conforme o grupo de investigadores foi chegando às dezenas de milhares de integrantes, as ideias e os conceitos deram lugar à força bruta. Do dia para a noite, jogadores de todo o mundo conseguiram varrer toda Azeroth, vasculhando cada cantinho que pudesse estar relacionado às pistas. Se alguma coisa falava de pedras, todas as pedras eram inspecionadas. Em poucas horas, todas as páginas haviam sido encontradas e um tsunami de jogadores irrompeu do Cerro Oeste, montados em uma manada de vermes voadores.

Nós não esperávamos que as páginas fossem encontradas dessa forma, mas foi sensacional testemunhar tamanho esforço. Vale lembrar que, na maioria dos casos, alguém sempre descobria a solução, mas não fazia ideia disso!

Enfim, já explicamos o primeiro enigma. Vamos agora dar uma olhada no resto:

Pista da página 78: “…os primeiros senhores a sucumbir…”

Como dito nas Crônicas, Ragnaros foi o primeiro Lorde Elemental a ser derrotado pelos Titãs e o primeiro chefão a ser derrotado no Núcleo Derretido. Essa charada tinha várias soluções, e a página estava nas Terras do Fogo.

Pista da página 161: “…o vento, o olho…”

No livro Crônicas, há uma imagem do Império Negro. Nas fronteiras dos domínios de Al’akir e C’Thun, encontramos essa página no rio mais a oeste de Uldum.

Pista da página 655: “…a pluma, a tumba, um escaravelho da lua…”

Ainda no Crônicas, vemos uma imagem de Azeroth em ordem. Se traçarmos linhas de Un’goro (pluma vulcânica) até o Vale das Flores Eternas (tumba de Y’Shaarj) e Ahn’Quiraj, teremos uma seta que aponta para a tumba de Y’Shaarj, onde a página está escondida.

Pista da página 845: “…na neve, na areia e nas rochas…”

Na imagem que ilustra o resultado da Guerra entre Aqir e Trolls, Uldum, Ulduar e Uldaman formam um triângulo. No centro, temos a Nascente da Eternidade e a página.

Pista da página 1127: “…contemple a batalha, sem perder um instante…”

Na imagem “O Rei Trovão contra Xuen, o Tigre Branco”, diversas estátuas de tigre observam a batalha perto do Monastério Shado-Pan, onde encontramos essa página.

Pista da página 2351: “…o vigia coberto de joias…”

Na imagem “Uldum, a Fortaleza Forjada por Titãs”, os vigias cobertos de joias guardam os Salões Primordiais e essa página.

Pista da página 5555: “…raio da aurora…”

Nem mesmo a página mais escondida de todas foi páreo para a enxurrada de jogadores que reviravam Azeroth. Várias pistas levavam ao ponto final em Cerro Oeste, onde encontramos um farol e lindos raios de sol durante a aurora. Entretanto, a pista estava escondida na imagem do Mundo Partido, no livro Crônicas.

No plano de fundo, vemos a imagem de uma bússola. Se seguirmos o raio leste até cruzarmos a costa, chegaremos ao local da Dádiva dos Caçadores de Mentes.

Considerações finais

Aprendemos muito com essa caça ao tesouro, principalmente a nunca subestimar o poder dos heróis de Azeroth quando se juntam em uma mesma causa! Ficamos emocionados com a organização e a dedicação de toda a comunidade. Esperamos que vocês tenham gostado desse evento tanto quanto nós gostamos de criá-lo e acompanhá-lo!

Por fim, os Caçadores de Mentes pediram para avisar que eles voltarão em breve… e que os pensamentos de vocês são deliciosos.