Oi gente, tudo bem?
Então, hoje falaremos sobre o lore básico de uma das raças jogáveis do WoW, desde seu surgimento até os dias atuais. Nessa série o foco não é dar todos os detalhes de todas as histórias, e sim, dizer como as raças de Azeroth surgiram e evoluíram até a forma como as conhecemos hoje. Caso queiram detalhes sobre trechos específicos de cada história, deixe sua dúvida nos comentários!
Hoje o tema é o povo mais maravilindo, mas sensual, que mais brilha, que transpira magia e glamourosidade. Hoje, a gente vai falar sobre os Elfos Sangrentos.
Era uma vez os trolls. Sim, os trolls, porque pra falar de qualquer povo élfico do WoW, a história começa com eles. Esses trolls, contudo, eram bem específicos. Eles eram um povo meio noturno, que começou a viver junto de um lago enorme, de águas brilhantes e eternamente se movendo em redemoinhos. Mas morar na beira dessa água mudou eles, por que esse lago – Chamado “Nascente da Eternidade” não era só água. Misturada nessa água, havia magia arcana bruta, direto do Éter. E essa magia transformou esses trolls em uma raça que se chamava de “Kaldorei” – que significa “filhos das estrelas” nas línguas elficas.
A Guerra dos Antigos
Com o tempo, os Kaldorei – que mais tarde seriam chamados de “Elfos Noturnos” formaram uma sociedade centrada em uma rainha. Essa rainha começou a escolher seguidores mais próximos entre os melhores magos, que se tornaram uma espécie de nobreza muito centrada na prática mágica arcana, chamados “Quel’dorei” – ou “Altaneiros”, como costuma ser traduzido do Darnassiano.
Esses Altaneiros, como disse antes, eram em sua maioria magos. E os poderes deles eram aumentados pela Nascente da Eternidade. E o que a magia arcana chama mais que o Mal’Ganis chama o Arthas? Isso mesmo, amiguinho: Demônios.
A Legião Ardente – essa mesma que está nos atacando nessa expansão, inclusive – tentou chegar a Azeroth corrompendo a Rainha Azshara, prometendo para ela poderes enormes. Ela e seus Altaneiros, em sua maioria, se aliaram com a Legião, mas alguns se aliaram à resistência junto com Malfurion e Tyrande, para derrubar a Legião. Alguns ficaram do lado que venceu na guerra.
Esses, que se voltaram contra a rainha, achavam que ia ficar tudo bem, tudo numa nice, mesmo depois de, bem, o mundo ter explodido e ter aparecido um grande redemoinho no centro dele – literalmente, inclusive. Mas não foi bem assim, na verdade. Quando a Guerra dos Antigos terminou, os Elfos Noturnos acharam uma ótima ideia banir a magia arcana – também conhecida como culpada por isso tudo. Mas os Altaneiros restantes, em sua maioria, não gostaram da ideia. A magia arcana era um direito de nascença deles, e eles não teriam isso tirado deles tão facilmente. Eles foram embora, se auto exilando – depois de criar uma tempestade mágica sobre Vale Gris em protesto ao banimento da magia arcana- abandonando o nome de “Kaldorei”, em favor de “Quel’dorei”, apenas. No seu novo idioma, não mais “Altaneiros”, mas “Elfos Superiores”.
O Êxodo Para os Reinos do Leste
Para deixar o mais para trás possível seus antigos irmãos os Elfos Superiores mudaram muito. Não só abandonaram o culto à Eluna como também abandonaram os hábitos noturnos, tornando o Sol seu símbolo. Além disso, eles cruzaram o mar, indo para o continente que ficou conhecido como “Reinos do Leste”. A primeira terra que eles habitaram foi a região de Tirisfal, mas eles não se demoraram por lá. A terra não foi boa para eles, eles não prosperaram por lá com seu povo tendo alucinações e pesadelos, muitos enlouquecendo – de fato, os Quel’dorei começaram a acreditar que algo maligno dormia embaixo daquela terra. Por isso eles começaram a ir para o norte, encontraram as florestas onde fundaram a cidade de Luaprata e o reino de Quel’Thalas, e criaram a Nascente do Sol, uma fonte poderosa criada com um frasco das águas da Nascente da Eternidade – retirada de lá de antes dela explodir, claro- que provinha a energia arcana que os Elfos Superiores tanto amavam e necessitavam. Tudo estaria perfeito se não fosse um simples detalhe: essa terra já estava ocupada antes.
Como é de se imaginar, os Trolls que ocupavam essas terras não ficaram muito felizes com a nova ocupação delas. De fato, eles e os elfos chegaram a um nivel de inimizade que escaramuças estouravam sempre que eles se encontravam. Como os Trolls tinham medo da mágica élfica apenas essas escaramuças ocorreram por cerca de 4 mil anos. Até que eles resolveram retaliar.
As Guerras Trólicas
Com as tropas trolicas pressionando cada vez mais os elfos, e a beira de conseguir triunfar sobre eles, o rei Anasterian Andassol resolveu enviar diplomatas para quem mais tinha problemas com os trolls, além do seu povo: Os humanos.
Nesse mesmo tempo, um reino crescia no que hoje é a região de Planalto Arathi. Esse reino se chamava Arathor, e era um reino que unia a maior parte das tribos humanas, sendo um reino muito forte. Quando os diplomatas de Quel’Thalas chegaram a Strom – a capital de Arathor-, o rei deles, Thoradin, resolveu fazer um pacto com eles. Os elfos ensinaram magia arcana a 100 humanos, e, com essa aliança, os trolls foram derrotados, em uma batalha que durou dias nos pés das Montanhas Alterac. Dessa maneira, o último império troll foi dilacerado, mas ao custo da perda da magia arcana como uma arte exclusivamente elfica.
Primeira E Segunda Guerras
Quando a Primeira Guerra estourou Quel’Thalas, inicialmente, não deu nenhuma importância para ela. Na verdade, durante a Primeira Guerra e o início da Segunda, QuelThalas somente enviou poucas tropas, e só se interessou realmente em se unir à Aliança de Lordaeron quando a Horda destruiu um templo sagrado élfico em Caer Darrow, enviando a marinha e as famosas tropas de patrulheiros para a guerra.
Essa atitude fez com que a tribo de Trolls Amani resolvesse se aliar à Horda, auxiliando as tropas dela a penetrar em Quel’Thalas até muito próximo de Luaprata, antes que as forças da Aliança pudessem ajuda-los a defender suas terras.
Foi também graças às forças de Quel’Thalas que a Aliança pode atacar Zul’Dare, dando fim à invasão da Horda em Lordaeron.
Terceira Guerra
Cerca de 20 anos depois do fim da Segunda Guerra a Praga começou a assolar Lordaeron, o reino humano vizinho a Quel’thalas. Depois da queda deste reino, Arthas, o antigo príncipe de Lordaeron e agora primeiro Cavaleiro da Morte, campeão do Lich Rei, levou sua máquina de morte e guerra para a direção das terras Élficas. Apesar de combater os mortos vivos, a General-Patrulheira Sylvana Correventos e suas tropas não estavam muito preocupados – o reino era protegido por portões mágicos, que só poderiam ser abertos com a Chave das Três Luas, um segredo muito bem guardado.
O que eles não contavam era que haveria um traidor entre eles.
Dar’Khan Drathir, um dos magísteres de Luaprata e um mago muito respeitado foi quem traiu os seus, achando que assim teria os poderes da Nascente do Sol somente para si. Contudo, tudo que ele ganhou foi morte e desgraça. E, graças à essa ação, a máquina de guerra do Flagelo penetrou no interior de Quel’Thalas até a Nascente do Sol, massacrando a população élfica – incluindo a General-Patrulheira Sylvana, que tanto desafiara Arthas, que a transformou em sua primeira Banshee.
Cerca de 90 por cento da população dos Elfos Superiores foi massacrada nessa invasão. Dos que sobraram, a maioria trocou o azul de suas vestes pelo vermelho, e adotou outro nome. Esses eram chamados, agora, Elfos Sangrentos.
Líder de um povo dizimado, viciado em magia – mas agora sem a fonte de seu vício, pois a Nascente da Eternidade havia sido corrompida por Arthas, que a usou para ressuscitar o necromante Kel’thuzad como um lich – Kael’thas Andassol, Príncipe de Quel’Thalas se pôs, com seus súditos, à disposição da Aliança para destruir os mortos-vivos que destruíram seu povo.
Por ironia do destino eles ficaram sob o comando do pior comandante possível. O Grão-Marechal Garithos, um homem xenofóbico, que acreditava que a Aliança era para humanos e que todas as outras raças eram inferiores dava as piores tarefas para os elfos, e com o mínimo de recursos. Para evitar ser morto, Kael teve que aceitar a ajuda de Lady Vashj e suas nagas, o que enfureceu Garithos. Ele prendeu Kael e seus elfos em Dalaran para executá-los como traidores. Isso só foi evitado pelo resgate da própria Lady Vashj, quando ela alistou Kael ao serviço de Illidan.
The Burning Crusade
Enquanto isso Lor’themar Theron, que foi apontado como Lorde Regente de Quel’Thalas enquanto Kael estava longe lutava com seu povo para se restabelecer. Não era uma tarefa fácil, de fato. Parte do terreno de Quel’Thalas estava irremediavelmente destruído pelas energias nefastas do Flagelo, que continuava a atacar os elfos restantes. Além disso, os Trolls Amani aproveitaram o revés élfico para atacar também. Sem opções, com seu povo tendo sido quase executado pela Aliança, os Sin’dorei – como eles se chamam em Thalassiano, seu idioma – entraram para a Horda.
Nesse tempo, o Grão-Magíster Rommath volta de Terralém para Quel’Thalas como arauto do príncipe, ensinando os elfos a drenar magia de tudo que a possui, para saciar seu vício – um ensinamento de Illidan, o que traz corrupção demoníaca aos elfos tingindo seus olhos de verde, mas que o magíster credita ao príncipe Kael- e incitando os elfos que permaneceram em Azeroth a ir atrás de seu príncipe em Terralem.
O que eles não contavam era com a loucura de Kael’thas e sua sede por poder. Por causa dela, o príncipe rompeu seu pacto com Illidan e jurou fidelidade a Kil’jaeden e à Legião. Ao fazer isso, ele e seus elfos corrompidos entraram na cidade de Luaprata e raptaram Mu’ru, o naaru que os Cavaleiros Sangrentos usavam como fonte de magia. Depois disso, tomaram o Terraço dos Magísteres e a Platô da Nascente do Sol, e usaram essas forças para tentar trazer o Lorde Eredar para Azeroth.
Os Aventureiros – também conhecidos como “nós” – salvaram o dia, matando o príncipe enlouquecido e, com ajuda de sacerdotes e paladinos – incluindo os próprios Cavaleiros Sangrentos – impediram a vinda destes demônios e restaurando a Nascente do Sol, aliviando o vício dos Sin’dorei.
Mists of Pandaria ( Ou quando eles finalmente voltaram a ser relevantes)
Trabalhando para reconstruir sua nação e com contingente populacional reduzido, pouco vemos dos Sin’dorei no resto da história. De fato, sua relevância só reaparece mais tarde, durante a Revolução Lançanegra.
Sob o comando de Garrosh os Elfos Sangrentos foram um povo que muito sofreu. O esforço de guerra que ele impunha tinha preço muito alto para eles, fazendo com que muitos elfos morressem. Mas, mais que tudo, o banimento dos Sin’dorei de Dalaran foi o que mais provocou a ira de Luaprata. O Lorde Regente confrontou o Chefe Guerreiro diretamente, se unindo à Revolução Lançanegra pouco depois, sendo um dos chefes das tropas atacantes durante o Cerco a Orgrimmar, principalmente nas fileiras mágicas e na marinha.
E hoje, onde eles estão?
Hoje, os magos Fendessol voltaram para Dalaran, e estão lutando junto com as forças da Horda contra a Legião. Muito de sua terra ainda está sendo reconstruída, mas o Reino de Quel’Thalas começa a brilhar novamente.
E assim terminamos nossa jornada pela história dos Elfos Sangrentos. Quais são suas partes favoritas? Deixamos algo de fora que você acha relevante? Conta pra gente! E não esqueça de votar em qual raça vocês querem no próximo post!
A próxima lore de raça deve ser sobre...
- Morto-vivo (18%, 75 Votes)
- Tauren (17%, 69 Votes)
- Elfos Noturnos (16%, 68 Votes)
- Troll (11%, 44 Votes)
- Draeneis (10%, 43 Votes)
- Humanos (6%, 24 Votes)
- Orc (6%, 24 Votes)
- Anões (5%, 21 Votes)
- Pandaren (4%, 18 Votes)
- Gnomo (3%, 14 Votes)
- Goblin (3%, 13 Votes)
Total Voters: 413