Desde antes do lançamento do filme vocês tem pedido nossa opinião sobre ele. E como nós entendemos que cada pessoa tem uma perspectiva e uma opinião diferente sobre ele, e nada é ~magnânimo~, a Fran deu uma ideia maravilhosa: que tal um mega review com opinião de várias de nós sobre a adaptação do nosso amado universo para as telonas?
Se preparem para um mega textão, e aguardamos a opinião de vocês nos comentários, viu? As opiniões de cada uma ficarão em um box separado, pra facilitar a leitura (e o post não parecer tão grande hohoho). É só clicar em cada aba para abrir e ler o texto de cada uma!
Anne
Se tem uma coisa que realmente me chama a atenção nessa vida é uma boa história, seja ela qual for. Lembro-me bem que há uns bons 8~9 anos, eu buscava um MMORPG que poderia chamar de meu segundo lar. Entre tantas tentativas, conheci World of Warcraft e de lá, nunca mais quis sair. Infelizmente, não sou jogadora tão old school, pois peguei a época do fim da Wrath of the Lich King, mas isso não me impediu de tentar conhecer Azeroth mais a fundo. E claro, para isso, tive que ser apresentada a Warcraft. Não é meu tipo de jogo favorito, mas fiquei fascinada no quanto de história havia para se contar ao mesmo tempo que pensava: por que raios não existe um filme sobre Warcraft? Afinal, tem tanta coisa legal e interessante nesse game que não deveria ser restrito a apenas um mercado, mas sim, alcançar um público maior.
E assim, em 2016, esse pensamento que ficou por anos guardado se tornou realidade. Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos foi anunciado como a promessa de revolução das adaptações jogos-cinema, visto que tantas outras franquias conhecidíssimas falharam miseravelmente na missão, como Tomb Raider, Prince of Persia e Super Mario Bros. Após tantos anúncios, cancelamentos e idas e vindas, o diretor Duncan Jones assumiu o comando da versão cinematográfica e olha, posso afirmar que ele cumpriu muito bem o papel.
Fui assistir ao filme sem expectativa: não li nenhuma crítica e fugi de spoilers, pois se tem uma coisa que eu aprendi, principalmente com adaptações, é não ir pela opinião de sites que se dizem “especialistas” no assunto ou haters de plantão. Preferi ter minha própria opinião baseada na minha experiência com o jogo e minha visão crítica. Não me arrependi. Warcraft está longe de ser 100% fiel à história original, mas concordo com o que o próprio Duncan disse em entrevistas: existem certas coisas que não funcionam bem no cinema como nos games. O filme foi feito na medida: é divertido, intenso e calmo nos momentos certos. Entretanto, achei algumas cenas muito corridas, mas entendo que, para apenas 2 horas de filme, muitas coisas precisam ser cortadas. Aguardo ansiosamente a versão do diretor para conhecer os 40 minutos que foram retirados da versão final.
Por mim, poderia ter mais 3 horas de filme que eu não iria reclamar nem um pouco. Ver personagens, cenários e cidades que antes só existiam na tela do meu computador e nos livros sendo transportados para uma tela gigante de cinema foi indescritível. Me arrepiei de verdade ao ver Ventobravo retratada de uma forma tão magnífica que eu choraria como a Eikani ao entrar no set das gravações das entrevistas. Te entendo, chefa!
Enfim, assistam. Na minha opinião, o filme foi feito de fãs para fãs. Então, aproveitem enquanto ainda é possível.
Vanessa
Escrevo essa review meia hora após deixar a sessão de cinema – entendam, quero ter tudo muito fresco na memória. Aliás, que vontade de empacotar cada ceninha desse filme e guardar tudo num cantinho do meu coração, pra poder me lembrar de cada sensação, de cada susto, de cada aperto na garganta que eu senti quando o assisti pela primeira vez.
Sentimentalismo à parte, há alguns pontos que eu gostaria de destacar:
1. Mordi minha língua. Muito forte. A princípio, em relação à Garona e ao Khadgar (nos trailers, eles não me convenciam de forma alguma). Agora, quero abraçar Paula Patton pela atuação maravilhosa – ai, gente, aquela cena em que acontece vocês-sabem-o-que e toda a sequência final do filme me destruíram profundamente – e gostaria de colocar Ben Schnetzer num potinho do Kirin Tor.
2. Em segundo lugar, eu fui assistir ao filme sem muita expectativa. Vi spoilers (porque eu não sou forte o suficiente para parar de ler as coisas) e li críticas negativas. Apesar de ter achado as críticas pouco fundamentadas (dei risada do “não tem humor” e “é escuro”. Senhores críticos, por gentileza, vão catar coquinho na descida e nos deixem em paz), meio que não intencionalmente acabei guardando um pouco dessa impressão errada. Tive medo de que a Blizzard tivesse a intenção de utilizar o filme com o fim exclusivo de atrair novos jogadores. Dei o braço a torcer. Foi um fanservice incrível. Senti-me recompensada por todos esses anos jogando, amando e acompanhando o universo de Warcraft.
3. O filme foi romantizado? Foi, sim. E eu adorei. Além disso, não foi exatamente fiel à história que nós conhecemos – mas e daí? É uma adaptação cinematográfica, pessoal. Não dá para utilizar os fatos do filme para discutir lore nos fóruns da vida, mas que tal se nós focássemos na emoção de ver aqueles personagens ganhando vida, os acontecimentos ganhando forma, som e cor, os cenários se materializando como um sonho na nossa frente? AMEI, QUERO DE NOVO.
Obs¹: derramei algumas (muitas) lágrimas involuntárias. Meu coração quase saía pela boca a cada mudança de cena.
Obs²: minha mão segurou o braço da poltrona e meu dedo automaticamente rolou um scroll inexistente para distanciar a imagem em uma cena de voo no grifo. RISOS
Milena
Eu não tinha muita expectativa sobre o filme, tentei me manter neutra e por fora de qualquer foto, novo trailer, teasers e qualquer info do filme que pudesse me mostrar muito do que viria. Minha ideia era ter a experiência completa na sala de cinema. E lá fui eu, empolgada, esperando que ele estivesse dentro dos “padrões blizzard” de novidades, ou seja, esperando que eu ia sair satisfeita do filme, pelo menos.
Eu confesso que não sei muito de lore, e achei que isso ia me ajudar a ter uma mente mais aberta ao filme. Eu sabia alguns dos acontecimentos do filme, e outros foram bem novidade. Mas em grande parte do filme, fiquei com cara de “o que ta acontecendo?”. Eu achei a atuação do Travis fraquíssima, fiquei com impressão de que ele nem queria estar ali fazendo o Lothar. O humor que ele tentou trazer pro filme foi bem sem sal, mesmo o envolvimento dele com outros atores foi bem superficial.
Já a Garona foi outra decepção. No começo do filme, adorei a atuação da Paula. Com o tempo, parece que ela foi perdendo cor nas telas pra uma atuação de filme de romance cliché. A Garona forte e destemida do início deu lugar a alguém frágil, e nem digo isso por causa do final, mas sim porque eu queria ter visto mais daquela força do início do filme na personagem o tempo todo, seja nos momentos bons ou complicados. De novo: não sei tanto de algumas personagens, posso estar criticando a atuação de alguém que fez somente o seu trabalho.
Eu gostei muito do Medivh, do Hadggar e da Rainha Taria, a quem confesso que achei que apareceria menos do que apareceu, e que fiquei muito surpresa pelas cenas maravilhosas que fez, mostrando que a rainha não é só uma peça de enfeite.
Quanto aos orcs, gostei muito de como a Horda foi representada, da Draka, do Durotan e do próprio Orgrim, a quem eu queria que tivesse aparecido mais. O próprio Gul’dan foi um personagem muitíssimo bem construído, e gostei muito de vê-lo nas telas. Mas também sei que muito do que se deu pela atuação dos orcs foi graças a efeitos especiais, então talvez isso tenha algum peso.
Saindo das críticas aos atores, vamos as críticas mais gerais:
O filme foi extremamente corrido. Quando eu estava me envolvendo com alguma cena, ela era cortada e começava algo totalmente diferente. Ficou parecendo que queriam mostrar um pouquinho de tudo, mas acabaram mostrando muito de nada. Isso me fez perder muito da experiência com o filme, recuperada talvez só no final, onde as cenas não são cortadas bruscamente. Não me emocionei ou me empolguei em quase nenhuma cena, tirando quando via algum easter egg do jogo ou alguma coisa que explicava algo que eu não sabia (tipo porquê o Thrall é verde, ou como o BlackHand perdeu a mão – e como não sei muito de lore, isso foram coisas que me surpreenderam, mesmo sabendo que no universo do filme pode ter sido diferente do jogo, e isso me deu vontade de correr atrás de saber mais da lore. Ponto positivo aqui). Sei que só entendi tudo o que aconteceu no filme porque eu conheço o universo de Warcraft e os personagens, mas acho que qualquer leigo no assunto não entenderia quase nada do filme, e não sei se ficaria curioso para jogá-lo. Definitivamente, um filme para os fãs.
Para não dizer que só vi coisas ruins no filme, eu estou aberta a vê-lo de novo e rever minhas primeiras impressões. Saí decepcionada da sala de cinema, a ponto de virar para os amigos que me acompanharam e dizer “caraca, que filme RUIM”. De novo: eu não esperava nada do filme, mas saí com a impressão que não havia muito a se esperar dele. Acho que, sabendo que pretendem fazer continuação, eu poderia ter esperado para ver Ironforge, Goldshire ou mesmo Dalaran, em cenas melhores construídas em futuros filmes, ao invés de ver cenas corridíssimas sem propósito. Quero, obviamente, ver a continuação e acompanhar de perto no que isso vai dar, com esperança que em novas oportunidades, eu tenha uma nova perspectiva.
Amanda
Wacraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos foi um filme que atendeu minhas expectativas. Após discutir com alguns amigos e assistir as entrevistas da Eikani com os atores, só confirmei minha suspeita de que o filme agradaria aos fãs, teria várias adaptações, mas ainda proporcionaria uma ótima experiência. Tive a oportunidade de assistir o filme duas vezes, a primeira na quarta-feira e a segunda no sábado, com aproximadamente 12 amigos. Logo que saí da sessão na quarta, fiquei com a impressão de que o filme estava muito corrido para quem não conhecia o jogo, então aproveitei a sessão do sábado para conversar com meus amigos que não haviam jogado e só conheciam algumas coisas do universo de Warcraft/World of Warcraft. Fiquei muito feliz ao ouvir que deu para entender o filme e que ele foi muito legal aos olhos deles, e que se mais filmes forem produzidos, estes meus amigos com certeza estarão lá. Ainda anseio pela versão estendida do filme, mas só de saber que pessoas que não estão familiarizadas com o universo gostaram do que viram e pretender dar uma chance ao jogo, já fico feliz. E que venham mais filmes! For Azeroth and for the Alliance!
Priscilha
Posso dizer que esse filme foi o mais esperado por mim nos últimos tempos. Desde o momento do anúncio da produção eu não via a hora de poder enfim assisti-lo.
Senti um misto de ansiedade e medo quando fui ao cinema. Medo de ter minhas expectativas frustradas, pois haviam muitas resenhas e críticas ferrenhas ao filme. Ainda bem que elas não me influenciaram. Posso dizer que foi uma ótima experiência.
Como jogadora eu fiquei maravilhada com cada detalhe, com os easter eggs, com a caracterização dos personagens, com as paisagens… porém, o filme apresenta algumas falhas que me incomodaram. Por exemplo, acho que foi muito corrido, deixou uma sensação que tinha muita história pra contar em pouco tempo, mesmo sendo um filme feito para jogadores, senti falta de uma narrativa direcionando e contextualizando toda a trama. Acho que quem não conhecia nada de Warcraft deve ter boiado em várias partes do filme.
Tenho uma confissão a fazer: apesar de eu ser “For the Alliance”, odiei com todas as minhas forças (a representação) do Rei Llane. Achei ele fraco e desmotivante, definitivamente eu não iria seguir esse rei.
Também tive a sensação que algumas relações não foram muito bem construídas, as motivações não ficaram muito claras, quero ver se na versão estendida as coisas se encaixam melhor.
Bruna Tuti
Bom, nunca criei expectativa sobre o filme e penso que isso foi um positivo pra mim.
O filme em minha opinião foi muito bom. Cenários, trilha sonora e personagens de tirar o folego.
Foram duas horas que se passaram em minutos!
Só acho que deveriam ter mostrado mais Dalaran..rs
Linissa
Eu gostei muito do filme, recomendaria para pessoas que nunca jogaram, mas para os que jogam eu acho que é imperdível. Os detalhes que só a gente que já passou muito tempo em Azeroth consegue reconhecer são fantásticos, e a história em geral foi interessante.
Mas só pra ser um pouco chata, eu acho que a primeira metade do filme teve um ritmo muito bom, mas a metade final ficou um pouco rushada demais, e alguns pontos importantes do filme ficaram mais confusos do que precisavam ser.
E sobre as mudanças em relação à história original, realmente não me incomodaram. Já tinha me preparado psicologicamente pra muitas diferenças, e funcionou.
Lianne
Warcraft: O encontro de dois mundos era um filme bastante esperado pela comunidade que consome os jogos da Blizzard, principalmente World of Warcraft.
Admito que eu mesma não estava muito no hype, por conta do que eu já havia visto nos trailers, e as mudanças em relação a história original eram bastante discrepantes.
Mas pra falar a verdade eu gostei do que eu vi na tela do cinema. O filme resgata cenários lindos que vemos no jogo, algumas regiões estão bem representadas e dá pra reconhecer exatamente os lugares que aparecem ali. Alias, cenários e props foram o ponto forte do filme, na minha opinião. Você sente aquela nostalgia voltando. Devo dizer que Altaforja [Ironforge] e Ventobravo [Stormwind] foram minhas localizações favoritas.
Claro que tem lá suas ressalvas. Além da diferença da história em si, algumas referências usadas na história desnecessariamente, os 40 minutos retirados do filme pra ter ‘um tempo razoável’ pra um filme médio, outras referências mais obscuras que ficam sem explicação…
O filme de Warcraft diverte fãs e pessoas que não conhecem a franquia. Ele não atinge tudo o que ele se propôs a ser, infelizmente, porém, é tudo o que ele precisa ser. E que venha o próximo.
Natália
Warcraft é um filme que satisfaz os fãs, mas pode ser um pouco confuso para quem não está familizarizado com a história, motivo pelo qual tantas críticas negativas apareceram.
Em relação ao enredo, temos mudanças significativas na Lore em relação à história original de Warcraft I. No entanto, é importante lembrar que trata-se de uma adaptação, e que o espaço de 2 horas não dá espaço para explorar todos os detalhes. Como uma fã de Lore, eu esperava ficar incomodada com essas mudanças, mas todas fazem total sentido dentro do contexto do filme, e o final dá um gostinho de “quero mais”.
A fotografia é bem bacana, e temos alguns planos interessantes ao longo do filme que encaixam bem no 3D. Senti falta de um plano sequência durante as batalhas, mas é uma preferência pessoal. Os cenários estão incríveis, arrepiando os fãs da franquia que reconhecem cada um dos locais, que estão retratados com bastante fidelidade.
O ritmo e desenvolvimento do filme é o que mais deixa a desejar; Fãs da série já conhecem a história por trás da origem dos Orcs e de Draenor, mas é oferecida pouca informação a respeito no decorrer do filme, o que pode deixar as pessoas que desconhecem a franquia um pouco perdidas. Entendo que 2 horas é um espaço muito curto, mas o ritmo é extremamente corrido, e alguns cortes são quase grotescos. É muita informação para ser absorvida, e eu mesma só consegui captar alguns detalhes vendo pela segunda vez.
A atuação foi um dos pontos que deixou a desejar também. Os diálogos são extremamente fracos, e é difícil para o espectador desenvolver empatia pela grande maioria dos personagens. Os Orcs são os mais cativantes, Garona tem uma progressão de personagem bem esquisita, e Lothar está muito “Ragnar Lothbrok”.
O figurino e maquiagem estão simplesmente incríveis, e nesse ponto eu dou nota máxima. As armaduras e armas são visivelmente reais, o que ajuda a criar um clima de imersão.
A trilha sonora é bem similar à do jogo, com a temática épica já esperada. Nesse quesito, não há nada de excepcional.
Os efeitos especiais estão muito bacanas, alguns deles dando até arrepios. O brilho nos olhos de alguns personagens talvez pareça tosco para quem não conhece as raças (e o brilho natural que eles possuem), mas para os fãs foi mais do que suficiente.
O filme tem alguns pequenos elementos que claramente são feitos para aquecer o coração dos fãs da série, que imediatamente reconhecem os feitiços, locais ou criaturas. Eles inclusive criam um alívio cômico em alguns momentos de tensão. Há alguns easter eggs que falarei em um post com spoilers liberados.
Como fã, eu amei o filme, e espero sinceramente que a bilheteria seja satisfatória para que a trama continue sendo desenvolvida nos próximos filmes. No entanto, como crítica (e com pesar no coração), eu dou um 7.5/10.
É importante lembrar que essa é a primeira vez que a Blizzard se aventura num longa-metragem, e que o feedback desse filme ajudará a aprimorar as produções futuras.
Kafka
Os preparativos para ver o filme começaram bem antes de 02 de Junho, começaram na ansiedade da compra online dos ingressos, na escolha da sessão que seria melhor para ir com a família. Depois foi aquela agonia da contagem regressiva, aguardando chegar o dia, sobreviver a um dia inteiro de trabalho sem surtar e poder finalmente assitir.
A única coisa que eu lembro do trajeto de casa até o cinema, até a hora de começar o filme, é que eu tava transpirando e muito ansiosa. Ver aquele cinema cheio, pessoas com camisas defendendo sua facção, gritos, pequenas conversas. Éramos muitas crianças grandes e outras nem tanto aguardando nossa manhã de Natal. E ela veio e eu me emocionei.
O filme é lindo, simplesmente lindo! Nos cenários eu me senti muitas vezes dentro do jogo, fazendo missões. A história foi adaptada somente na medida do necessário e, mesmo um pouco corrida (merecia mais 30 minutinhos, sim), ela tá bem conexa e faz sentido. É claro que não conhece sobre a história saiu do cinema querendo entender sobre um monte de coisas de antes e de depois da abertura do Portal Negro. Mas não seria esse o grande objetivo?
Fran
Warcraft é um filme que foi feito para fãs, essencialmente. O maior negativo do filme não afeta tanto os fãs, mas sim àqueles que estiverem entrando em contato com a franquia pela primeira vez com o filme: a história e os personagens foram introduzidos de maneira muito rápida. Quase não tivemos tempo de ganhar empatia com personagens, Garona sendo o maior exemplo disso, e acaba por ser muita informação para pouco tempo de filme.
Personagens os fãs defitivamente irão se identificar mais com os Orcs, que foram mais explorados no passar do filme. Alguns humanos foram reduzidos a plot devices, e acabaram por ficar superficiais ao confronto. Uma pena, por eu ser #ForTheAlliance até o fim.
Apesar disso, acaba por ser contar uma boa história (e sim, existem mudanças em relação ao lore de Warcraft: Orcs and Humans, mas fico por aqui falando disso), e é um summer blockbuster que entrete em suas duas horas de filme, além de deixar aquele gosto de quero mais filme! no final.
Já para os fãs, o filme é um deleite. Vemos áreas como Altaforja, Ventobravo, Pântano das Mágoas a Trilha do Vento Morto, e ao menos para mim, era tudo o que eu poderia esperar. Quase soltei algumas lágrimas (estava à caráter pintada, não podia!) com a lindeza dos cenários e principalmente dos Orcs, que nem pareciam que eram quase que puramente maquiagem.
É um filme que eu recomendo assistir, de preferência mais de uma vez, para pegar todos os detalhes e se imersar na história. Na torcida para que uma sequência aconteça!
Eikani
Eu saí do cinema, a primeira vez que assisti, totalmente em choque. Todo mundo me perguntando “e aí, o que achou?” e eu só sabia fazer cara de paisagem. Precisei de tempo para digerir tudo que tinha visto, pensar com calma no que agradou e não agradou, mas a reação inicial foi bem de choque, e não sei dizer exatamente o motivo disso.
Eu já esperava mudanças na lore e coisas não explicadas, e talvez tenha me apegado muito a elas durante o filme, mas quando fui processar tudo depois, vi que o que os atores e o Duncan tinham dito fazia sentido – as mudanças foram feitas com respeito e para possibilitar que a história fosse contada. Nem Thrall Moisés no rio me deixou tão nervosa quanto eu achei que ia ficar – minha expectativa era de relevar TUDO menos isso, e, veja só, não é que funcionou?
O filme é lindo, e a sensação de ver Azeroth, nosso mundo, ali na telona, é indescritível. A meu ver, seu maior defeito é não ser maior, ou ter faltado um pouquinho de criatividade pra explicar coisas com uma frase que faria tudo ter mais sentido pra quem conheceu o mundo agora, e era possível deixar várias coisas mais claras sim. Agora que já passou, estou na expectativa da director’s cut, que dizem ter 40 minutos a mais, e dos próximos filmes (bora ter fé, gente!)
Quanto às atuações, os orcs deram um show. Os humanos nem tanto, e eu realmente impliquei com Travis Fimmel fazendo o Ragnar lá, fiquei com a impressão de que ele não conseguiu criar um novo personagem. Pode ser que o texto dele não tenha ajudado muito também, mas não consegui enxergar O heróis da Aliança ali.
No mais, é óbvio que existe um fanservice descaradíssimo ali em vários níveis: os cenários, os personagens, os easter eggs, a ambientação… mas nada impede que pessoas que nunca tiveram contato com o universo de Warcraft gostem, se interessem e venham se juntar a nós. Tenho visto muita gente dizendo que ‘é impossível’ gostar e entender o filme sem um contato prévio o que, gente, apenas não. Como disse no twitter ontem, tem gente que nunca ouviu falar nada disso e amou e não gostou, assim como tem gente que vive em Azeroth há anos e não gostou ou amou. Respeitar a opinião do amiguinho é legal, e como esse tanto de opinião diferente aqui bem mostrou, ninguém pensa igual. Ainda bem 🙂
Arganthe
Meu primeiro “problema” com o filme foi o fato de ter assistido em 3D ~muito~ próxima da tela, o que me incomodou bastante e acho que não deixou que eu aproveitasse todo o filme.
Muitas adaptações do lore original me agradaram e muito. Entendo que fazer adaptações do Warcraft pro filme deva ter sido um desafio e tanto, mas o filme contorna isso de forma prática. O único porém é que isso deixou o filme extremamente corrido, principalmente no começo. Eu gostei muito, apesar de todo o medo sobre as notícias antes, de o romance de Garona e Lothar. Foi algo suave, não tão na cara, mas o timing não foi o ideal.
Sobre os personagens e atuações preciso dizer que quero um Oscar para nossos orcs <3. Um mais maravilhoso que o outro! Em relação a atuação de Travis Fimmel, eu achei ele excessivamente cômico e, apesar de não ter assistido Vikings, as críticas de quem assistiu indica que ele incorporou completamente seu personagem na série pra fazer o Lothar no filme, e isso achei um pouco desnecessário. Ainda sobre personagens, devo dizer que Medivh e Rainha Taria me convenceram do filme. Dois personagens maravilhosos e fortes, a única questão que me incomodou sobre Medivh foi o fato da corrupção de Sargeras não ser tão clara, deixando a entender – principalmente pra quem não conhece a história – que Medivh era ruim por si só, e não por estar corrompido.
Eu honestamente espero que exista uma versão estendida posteriormente com os tais 40 minutos prometidos de excesso de filme <3
E vocês, o que acharam? Contem pra gente nos comentários!
E mais uma vez obrigada à Fran pela ideia de juntar todo mundo em um post <3