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Dareon embainhou suas adagas e, de longe, acenou um adeus rápido para Lorna. Decidira partir rápido, sem dar explicações; não queria arriscar ter outros aldeões planejando acompanhá-lo naquela missão que, ele bem sabia, era absurdamente perigosa.
Na realidade, até preferia não ter companhia em momentos como aquele. Desde que a forma de worgen tomara conta de si, Dareon temia que seus ataques de fúria pudessem prejudicar outras pessoas. Já devia ter machucado gente suficiente quando não conseguia controlar a fera – e era muito grato por não se recordar desse período sombrio. Não podia deixar que agora, logo agora que havia recuperado completamente seus sentidos e se sentia quase humano novamente, a raiva que tinha dos Renegados ultrapassasse sua própria pessoa.
Se alguém vai lutar, sou eu, ele refletia, lembrando-se dos protestos de Lorna. “É loucura”, ela dissera. Pode ser, Dareon respondera mentalmente, e agora tinha ainda mais certeza de que sua decisão de ir imediatamente atrás dos Renegados para recuperar o controle da Vila da Pedra Incandescente havia sido a correta. Sua opção de ir sozinho, no entanto, talvez não fosse. Quem saberia dizer?
Vai ver eu posso carregar o peso do mundo nos ombros, disse a si mesmo. Com esse pensamento, acolheu de muito boa vontade a solidão do percurso. Pouco a pouco, sentiu a temperatura de seu corpo diminuir até que a chuva forte que batia incessantemente em seu rosto se tornou uma ótima amiga.
Dareon sentia, com crescente desconforto, o peso das adagas presas ao cinto, uma de cada lado de sua cintura. Foi tal fato que o convenceu de que a notícia sobre a atual situação da Vila lhe afetara tão intensamente quanto poucas coisas o haviam feito. Não costumava sentir-se tão abalado pelos ataques ocorridos em Guilnéas, mas, dessa vez, parecia que até o ar tinha um cheiro diferente – cheiro de tristeza.
Em sua mente, se formava sem parar uma imagem absurda envolvendo aldeões presos e Renegados enlouquecidos em meio a explosões. Dareon lutava com todas as forças que lhe restavam para não dar ainda mais asas à sua imaginação. Que tipos de barbáries estariam os mortos-vivos fazendo?
Novamente, Dareon se concentrou na chuva fria que escorria sem parar sobre seus olhos. Não podia ele, também, enlouquecer em razão das atividades insanas dos Renegados. Precisava se manter forte por si e por todos.
Quando sua visão finalmente alcançou os telhados escuros da Vila da Pedra Incandescente, Dareon saiu da estrada. Continuou seu caminho através da mata fechada, aproximando-se devagar e sorrateiramente por trás de árvores e arbustos.
No momento em que conseguiu obter uma vista clara de toda a Vila, escondido por um amontoado de pedras grandes no topo de um morro próximo, Dareon pousou as patas em ambas as adagas e mais uma vez ouviu o tilintar de metal que tanto lhe incomodara durante o caminho. Dessa vez, porém, o som e o toque das lâminas tiveram um efeito diferente.
Enquanto passava os olhos pelas tendas dos Renegados, tentando localizar os mortos-vivos que pudessem ser os tais Executor Cornélio e Valnov, o Louco, Dareon apertou levemente as adagas contra as pernas.
Uma para cada.