- [Roleplay] Entre Homens e Lobos – parte 1
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Brothogg caiu no chão, derrotado, com um baque de tremer as paredes.
– E aí você viu como eu fiz assim, e depois assim, bem no meio da barriga nojenta dele? – dizia um dos refugiados durante o caminho de volta, gesticulando sem parar para demonstrar a um amigo os golpes que havia desferido.
– Não vi – respondeu o outro –, estava muito ocupado dando uma marretada na cabeça do monstro…
– Mentiroso! – bradou o primeiro. – Você nem alcançava a cabeça dele!
Dareon, que andava logo atrás da dupla e ouvia a conversa, deu uma risada satisfeita e apressou o passo para tomar a dianteira do grupo no caminho de volta às cocheiras, onde Lorna Crowley certamente os aguardava com ansiedade.
– Olá, você – disse Dareon, que havia alcançado seu destino alguns minutos antes dos demais.
Lorna, que não o havia visto se aproximar, tomou um susto e virou-se num rompante, deixando cair no chão o balde de comida que servia aos cavalos.
– Oh – ela sussurrou, a mão pousada sobre o peito. – Me deu um susto! Até que enfim voltou! E… Onde estão os outros?
Antes que tivesse tempo de responder, um turbilhão de vozes tornou-se mais audível e as dezenas de refugiados que Dareon levara consigo para a missão – e também os que apenas trouxera de volta – tornaram-se visíveis.
– Lorna! – algumas vozes chamaram ao mesmo tempo, correndo até onde ela estava para contar as novidades. – Nós conseguimos! Matamos o Brothogg! Você precisava ver que criatura mais nojenta, a barriga dele…
– Eu fiz com que ele caísse, Lorna! – gritou alguém.
– Não foi você – outro refugiado respondeu, revirando os olhos.
Em meio à torrente de relatos – muitos deles apresentando certa incoerência, Dareon bem notou –, Lorna sorriu abertamente e parabenizou a todos. Depois, puxou Dareon pelo braço até um local onde não houvesse tanto tumulto.
– Você conseguiu, Dareon! – ela o abraçou. – Tem ideia do quanto isso foi importante? Os aldeões refugiados agora estão sentindo que têm valor, eles… Tenho certeza de que agora irão nos ajudar no que for preciso na luta contra os Renegados.
Sentindo-se um tanto desconfortável dentro do apertado abraço de Lorna, Dareon soltou-se gentilmente e sorriu de volta. Foi quando Marcus aproximou-se e pousou uma mão sobre seu ombro.
– Dareon? – chamou, e quando Dareon lhe deu atenção, continuou: – Gostaria de dizer… Dizer… Muito obrigado! Por sua causa, nosso povo não mais sofrerá sob o jugo daquele monstro. E me desculpe por…
– Marcus – disse Dareon calmamente –, não me agradeça nem se desculpe. Vocês também são o meu povo.