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O Retorno ao Vale Tormenta foi ligeiramente tumultuado. Desconfiado, Dareon cavalgava muito rápido, olhando para os lados à espera de um ataque repentino de um Renegado à espreita. O cavalo também não ajudava muito; corria assustado, relinchando a cada minuto, tentando soltar-se das rédeas a todo custo. Dareon entendeu que devia ser o cheiro de morte que o incomodava tanto.
– Já estamos chegando – sussurrava repetidamente, mas o animal não se acalmava.
Eu devia pelo menos poder falar com animais, pensou, frustrado, encarando as próprias patas. O cavalo deu mais um solavanco e quando Dareon olhou para a frente novamente, avistou os conhecidos telhados do Vale Tormenta erguendo-se ao fim da floresta fechada, tão perto que seu coração até bateu mais forte.
– Viu só? – cochichou animadamente para o cavalo, apontando na direção da vila. – Você precisa confiar em mim, colega.
Ao aproximar-se suficientemente, notou que o Vale continuava o mesmo: cinza, frio e em ruínas. Apesar disso, foi com grande alegria que Dareon amarrou as rédeas do cavalo na cerca e correu até a estalagem.
À porta, inúmeros sobreviventes do Refúgio do Ocaso se aglomeravam em torno de uma carroça estacionada. Talvez não o tenham reconhecido ou – muito provavelmente – sequer notaram sua presença, e Dareon passou pela porta sem nenhuma interrupção.
– Olá? – murmurou acanhado, a voz ecoando na sala vazia. – Alguém aí?
Sem obter qualquer resposta, avançou um pouco mais e parou ao pé da escada. Aguardou mais alguns instantes em silêncio e, quando já estava dando meia-volta, a carabina de Lorna Crowley apareceu no andar de cima, virada na sua direção.
– Quem vem aí? – gritou a moça, engatilhando a arma. Gwen Armstead apareceu logo ao lado, empunhando sua enorme espada enquanto procurava o visitante com o olhar.
Dareon ergueu as patas ao alto e deu um meio-sorriso envergonhado, esperando que o reconhecessem logo.
– Vocês devem ter uma memória realmente muito curta – disse ele. – Não faz tanto tempo que saí daqui…
A primeira a sorrir e baixar a guarda foi Gwen, que correu para baixo imediatamente. Logo em seguida, Lorna Crowley também o reconheceu e desceu as escadas pulando dois degraus de cada vez. Quase ao mesmo tempo, as duas o apertaram num abraço que durou a eternidade.
– Desculpe por isso – disse Lorna, apontando para a arma. – Precisamos nos proteger…
Dareon riu.
– Já me acostumei com os seus modos – disse. – Não sabiam que eu viria?
– Sabíamos que alguém viria – respondeu Gwen. – Não que seria você.
– Então já sabem de tudo?
Gwen encolheu-se, girando a espada a esmo.
– O Rei Greymane me explicou o plano rapidamente antes de seguir para a Floresta Negra – disse ela, olhando-o com censura. – Mas isso não o torna menos insano.
Dareon deu de ombros. Não podia discordar.
– Lorde Crowley me pediu que viesse avisá-los de que já é seguro passar pela Floresta Negra – falou. – Espero que esteja certo.
– Todos esperamos… – murmurou Lorna.
– Vim para levá-los em segurança até Tempestária – Dareon continuou. – Podemos partir ainda hoje, acredito. Só precisamos organizar os…
Gwen chacoalhou a cabeça com veemência.
– Você precisa ir antes – disse. –Lorde Godfrey mandou notícias avisando que há sobreviventes em Tempestária. O Rei partiu imediatamente para lá. Krennan o esperará na ponte.
– Mas… E o plano?
– Eu farei o que Darius pediu – Gwen concluiu. – Conduzirei nosso povo pela Floresta Negra.
Dareon olhou para Lorna com ar de interrogação, esperando que ela concordasse que aquela não era a melhor das ideias. Ele poderia se encontrar com o Rei mais tarde, não poderia? Primeiro precisava garantir a segurança do seu povo, assegurar-se de que nenhum Renegado os atacaria na passagem pela Floresta Negra e…
– Não se preocupe – disse Lorna, para sua decepção. – Já demonstramos que podemos nos virar sozinhas, não é? Nós cuidaremos de tudo. Agora o Rei precisa de você.