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- [Roleplay] Entre Homens e Lobos – parte 46
Boa leitura!
Quando Dareon o avistou, o Rei estava montado em seu cavalo no meio da rua, olhando na direção oposta para algum ponto não identificado mais à frente. Não notou sua chegada até que pigarreasse para chamar-lhe a atenção.
– Hum, Vossa Alteza?
Genn Greymane virou-se imediatamente e deu-lhe um tapinha amigável nas costas.
– Ei, rapaz, é você! Que bom que apareceu, preciso lhe pedir uma coisa… – retirou a mão e esticou o dedo na direção de seu ombro ferido. – Minha nossa, o que foi que aconteceu aí?
– Um arranhão – disse Dareon, controlando-se para não revirar os olhos. Deixem meu ombro em paz. – Não é nada. Senhor, o armamento de Lorde Crowley é todo seu.
– Oh, que ótimo, rapaz, realmente ótimo – o Rei não tirava os olhos do pano ensanguentado que cobria seu ombro. – Eu sabia que o Crowley cumpriria o combinado. Esse armamento nos será muitíssimo útil. Agora veja só, Dareon… Tantos anos se passaram desde a guerra e ele ainda escondia poder de fogo suficiente para explodir metade do distrito.
– Bem, agora isso tudo está sob as suas ordens, senhor – Dareon sorriu e olhou em volta. – Mas afinal, o que está acontecendo? Por que não estamos atacando ainda? Lorde Godfrey estava ali atrás agora há pouco, eu não…
– Há um civil encurralado no outro lado da prisão. Não pudemos atacar ainda por causa disso. E não se trata de um civil qualquer, Dareon… É Krennan Aranas, um dos alquimistas mais brilhantes que esse mundo já teve a honra de conhecer – Greymane sorriu brevemente. – Uma de suas poções salvou minha filha Tess de morrer logo após seu nascimento.
– Oh – Dareon assentiu. – Entendo. O senhor disse que gostaria de me pedir algo?
– Ah, sim. É exatamente sobre isso. Você é destemido o suficiente para realizar essa tarefa, rapaz.
Genn Greymane pulou de sua montaria e encaixou as rédeas gastas nas mãos de Dareon.
– Use meu cavalo – disse. – Você precisa resgatar Krennan, Dareon. Ele não pode morrer.
O cavalo relinchou quando Dareon subiu em suas costas e virou-o na direção da prisão. Contornou o edifício da prisão com pressa e, quando menos imaginava, virou na última esquina e se deparou com uma onda de worgens raivosos correndo em sua direção. Atrás destes, as ruas estavam mais infestadas de criaturas do que jamais estiveram desde que Dareon chegara na cidade. Assustou-se, mas achou melhor não parar.
– Socorro! – uma voz desesperada gritou. – Aqui!
Avistou, ao longe, uma figura debatendo-se num galho de árvore, pendurada apenas pelos braços enquanto suas pernas balançavam no ar. Krennan chacoalhava-se de um lado para o outro, tentando erguer os pés para ter mais apoio, enquanto inúmeros worgens o cercavam, parados sob a árvore, olhando para cima e rindo. Era certo que uma hora aquele homem iria cair, mas Dareon torceu para que aguardasse sua chegada.
– Aranas! – berrou de longe. Impulsionou o cavalo para frente e segurou-se firme, até que o bicho terminasse de escoicear os worgens que estavam abaixo do alquimista. – Pule agora!
Krennan Aranas soltou as mãos e deixou-se cair. Dareon ajudou-o a subir no cavalo e puxou as rédeas. O cavalo deu meia-volta e, em seguida, correu da forma mais violenta possível, atropelando todos os worgens que tentavam bloquear sua passagem.
– O-obrigado – murmurou Aranas, quando já cavalgavam mais calmamente. – Lhe devo minha vida…
Passaram por Lorde Godfrey, meio oculto no mesmo lugar onde Dareon o vira antes. Diminuiu o trote e ajudou o homem a descer da sela.
– Ei! – Godfrey sorriu abertamente, depois olhou para Dareon. – Então Greymane deixou o resgate do alquimista Aranas por sua conta, afinal. Muito bem. Vamos tomar providências para que Krennan consiga sair vivo da cidade.
Lorde Godfrey assoviou brevemente e dois soldados saíram de trás do prédio correndo.
– Levem Aranas e cuidem para que fique seguro – disse aos guardas, que assentiram e escoltaram o alquimista para longe. Em seguida, Godfrey assoviou novamente e bateu com força na parede de madeira do prédio. – Pegamos Aranas! – berrou para ninguém em especial. – Atirem à vontade!
As ruas encheram-se de soldados imediatamente e, de repente, tudo o que se escutava eram tiros de canhão. Dareon esticou o pescoço para trás e viu toda a guarnição de armas de Crowley, espalhadas pelas ruas estrategicamente para barrar a passagem de qualquer worgen que se aproximasse. Caso algum conseguisse passar ileso pelo poder de fogo assustador dos soldados da frente, sempre havia mais dois atrás, com mais armas e munição, prontos para explodir qualquer coisa que colocasse sua preciosa Guilnéas em risco.
– Onde está o Rei? – gritou Dareon para Lorde Godfrey, tentando fazer-se ouvir em meio aos tiros.
– Recuou até o Paço Greymane, a oeste – Lorde Godfrey apontou a direção. – Bem, já fizemos tudo o que podíamos por aqui. Acho que agora é hora de reagrupar. Vá até lá e avise ao Rei que conseguimos ganhar algum tempo. Algo me diz que os worgens não vão demorar a se recompor.
Dareon montou no cavalo novamente e foi pela rua que Godfrey lhe indicara. Logo à frente, ouviu os sons do confronto e trotou devagar para espiar a situação. Um grupo pequeno de guardas lutava contra um número duas vezes maior de worgens, esforçando-se para barrar a passagem destes para as ruas da cidade.
– Detenham-nos! – berrou um dos guardas. – Temos de proteger os sobreviventes!
Dareon passou os olhos atentamente pela cena do combate, analisando a atitude estranha de alguns soldados. No canto direito, um deles dava apenas leves estocadas com a espada, mal acertando seu alvo. Outros, como ele, apenas se bastavam desviando das investidas ferozes das criaturas. Todos tinham no rosto uma expressão de desespero total, e só desgrudavam o olhar do rosto dos worgens para olhar na direção de seus companheiros, numa súplica silenciosa por ajuda.
– Não olhe nos olhos deles! – gritou o mesmo guarda que havia berrado antes, o único que parecia ter forças para lutar. – Eles não são mais as pessoas que você conhecia!
Então Dareon percebeu. Sua boca abriu-se em choque quando finalmente olhou para as figuras monstruosas que atacavam os pobres guardas e notou, com terror, que usavam ternos, gravatas e até vestidos – que, apesar de agora não passarem de farrapos sujos, ainda eram perfeitamente identificáveis.
Aqueles não eram os worgens selvagens que atacaram a cidade a princípio. Aqueles eram os cidadãos de Guilnéas.