– Calminha, menina! – gritou o Tenente Horatio Laine, dando um pulo para trás para sair do caminho de Ellis, que pulava de sua montaria com pressa, mal esperando que esta parasse completamente. – Está fugindo de quem?
– Não estou fugindo – respondeu a garota, batendo a sujeira das roupas. – Onde está o Marechal?
– Ali – Horatio apontou na direção do Marechal Miguel Mantoforte, que havia observado a chegada desastrosa de Ellis à distância e agora se aproximava rapidamente. – Acho que se você demorasse mais um pouco, ele colocaria alguém à sua procura.
Ajeitou seu penteado desgrenhado e aguardou o Marechal, tentando acalmar a respiração agitada. Quando Mantoforte chegou perto o suficiente, Ellis não aguentou mais aguardar e desatou a falar, sem deixar nenhuma brecha para interferências:
– Houve uma reunião no Arroio da Lua, Marechal. O Vulto Sombrio conseguiu reunir dezenas de desabrigados, convocando-os para o encontro através de panfletos e cartazes. Encontrei ainda alguns diários que continham declarações sobre uma revolução, todas assinadas com a letra “V”. Bem, em síntese, o plano é derrubar o Rei, uma vez que por aqueles lados estão todos insatisfeitos com as… hum, medidas tomadas para salvar a Aliança.
– Ninguém está, pelo visto… – resmungou um dos inspetores da equipe do Tenente. Ellis o ignorou e continuou seu relato:
– Precisei recorrer à ajuda de Thorálius… e, bem, o senhor sabe quais são seus métodos. Pode parecer estranho, mas acho que tive uma visão do passado e acabei presenciando uma cena… – Ellis suspirou. – … eu não sei bem ao certo como devo descrevê-la, Marechal.
– Você pode tentar – disse Mantoforte, desconfiado. – Eh… Ellis, não acha melhor descansar um pouco? Está tão abatida, deve estar sem dormir há dias…
– Eu vi a morte de VanCleef. Ele tinha uma filha – Ellis disparou de repente. Arrependeu-se de ter sido tão direta quando encarou os olhos esbugalhados do Marechal, com a boca ainda meio aberta, a expressão estática devido à surpresa.
Enquanto Mantoforte lidava com a nova informação, Ellis notou que gente demais ouvira a conversa. Assim que olhou casualmente para dentro da Torre, viu de relance que Esperança, a gentil filha adotiva do casal Saldanha, tinha agora uma postura rígida e encarava duramente alguma coisa ao longe, com a boca crispada de preocupação. Ellis seguiu seu olhar, mais por curiosidade do que desconfiança, e acabou registrando um breve aceno de cabeça do worgen prisioneiro em sua direção, que ocorreu em uma fração de segundo tão breve que Ellis pôs-se a pensar se não havia imaginado coisas.
Sentiu seu coração se apertar. Quando olhou novamente para dentro da Torre, no entanto, tudo estava na mais perfeita harmonia. Esperança havia voltado a organizar o saguão, cantarolando alguma canção desconhecida, enquanto o worgen mal-encarado fitava o chão, resignado com sua condição.
Resignado demais, pensou Ellis, lembrando-se do worgen raivoso que fazia questão de rosnar para qualquer um que se aproximasse e encarava constantemente o Marechal com sua expressão mais desafiadora.
– O quê? – Mantoforte disse baixinho após alguns segundos, resgatando-a de seus pensamentos. – Você disse que VanCfleef tinha uma filha? Edwin VanCleef? Uma filha? Não é possível…
– Assim que os soldados da Aliança foram embora, deixando VanCleef jazendo morto em frente ao esconderijo dos Défias, uma garotinha saiu lá de dentro – contou Ellis. – Ajoelhou-se sobre seu corpo e começou a chorar desesperadamente, pobrezinha.
– E o que garante que a menina seja filha de VanCleef? – perguntou o Tenente Horatio, seguido pelos murmúrios de aprovação do Marechal, que agarrou-se à questão como uma última esperança de que Ellis pudesse estar errada.
– … Ela chamou-o de “papai” – respondeu a garota baixinho, olhando para baixo para não precisar ver a expressão desolada do Marechal.
– Eu… eu não entendo como isso é possível – disse ele, cansado, após um profundo suspiro. – Nunca soubemos disso. Eu jamais imaginaria que VanCleef pudesse ter uma filha, Ellis! Por mais diferenças que possamos ter tido, uma coisa há que se admitir: se havia algo em que aquele homem era excepcionalmente bom, era em guardar segredos – Mantoforte chacoalhou a cabeça brevemente. – Mas que tragédia… A coitadinha testemunhou um ato horrível. Ah, se eu soubesse…
O Marechal parou de falar de repente, fazendo com que todos o olhassem. Após alguns instantes, ergueu o dedo indicador e encarou Ellis, confuso.
– O que foi isso? – perguntou, apontando para o nada. – Você ouviu alguma coisa? – e então seu olhar se perdeu num ponto distante. Ellis percebeu que sua expressão se fechara mais ainda e, com a testa vincada de preocupação, o Marechal pôs-se a olhar em todas as direções e começou a gritar. – Os gnolls estão recuando? Onde estão meus guardas?
Ellis virou-se rapidamente, procurando a causa de tanto alarde. Precisou de um momento para conseguir assimilar o que acontecia no Morro da Sentinela naquele instante. Em um piscar de olhos, viu-se em meio a uma confusão sem tamanho.
– EM GUARDA! – gritou o Marechal o mais alto que pôde, mas foi tarde demais. Ellis recostou-se à parede de pedra da Torre, estática, enquanto observava Mantoforte e seus sentinelas serem dominados por homens de rosto coberto que portavam facas e cordas.
– Seus bastardos – gritou uma voz feminina em meio ao tumulto, sobressaindo-se às demais. Ellis não precisava ver para saber a quem pertencia, mas, mesmo assim, procurou a figura do Vulto Sombrio. – Vocês vão queimar pelo que fizeram!
Ellis pensou que seu coração saltaria de seu peito quando encontrou a portadora da voz. Para sua surpresa, quem falava não era o Vulto Sombrio. Era Esperança Saldanha, que saíra de dentro da Torre caminhando calmamente na direção do tumulto e, por mais que seu tom não estivesse alterado, Ellis tinha certeza de que todos ali conseguiam ouvir claramente suas palavras.
– Esperança? – disse Mantoforte, contorcendo-se. – O q…
– Esperança? – gritou a garota, encarando-o furiosamente. – Era isso o que eu deveria sentir quando vi meu pai ser decapitado pelos seus capangas? – ela deu uma risadinha irônica. – A esperança é o trote cruel com que o mundo desapiedado e frio nos recebe na universidade da vida! Não existe esperança, só existe Vanessa. Vanessa VanCleef!
Ellis estava tão chocada que precisou de alguns segundos para se recompor e lembrar do que estava acontecendo ali. Jamais esperaria uma reviravolta tão grande nos acontecimentos e agora, encurralada pelos capangas de Vanessa, sua empolgação era maior que seu medo. A doce e solícita garota que conhecera tirava agora sua máscara de gentileza e mostrava sua verdadeira identidade, após anos se escondendo e planejando sua vingança.
– ERGA-SE, IRMANDADE! – gritou Vanessa VanCleef, agora despida completamente de sua forma de boa moça. Seu vestido recatado jazia no chão, rasgado, e ela terminava de amarrar em seu rosto a tão característica máscara dos Défias. – A AURORA SE APROXIMA!
Ellis observou-a de longe, analisando o uniforme que trazia por baixo do vestido. Um de seus capangas havia lhe entregado luvas e ombreiras, bem como a bandana vermelha, e agora todos se pareciam. Mas o impacto que toda aquela história causara fora forte demais para Ellis confundir a silhueta de Vanessa VanCleef com qualquer outra, uma vez que observara-a esgueirar-se por todo canto na forma de um vulto.
Um pouco mais tarde, olhou para a frente e levou um susto ao ver Falagrum, o ogro de duas cabeças com quem Vanessa havia se encontrado na caverna, e Helix Quebracâmbio, o goblin atarracado com quem se reunira na Torre do Pinel. Os dois aguardavam pacientemente na rampa que levava à entrada da Torre, um pouco abaixo do lugar onde Mantoforte e Horatio Laine eram mantidos presos.
– Amarre-os – ordenou Vanessa, e seus capangas fizeram com que Marechal e Tenente se ajoelhassem. Depois, amarram-lhes as mãos, assim como fizeram com os sentinelas que não haviam sido mortos na investida inicial.
Ellis percebeu que, àquela altura, de nada adiantaria tentar fugir. Aguardou, então, que alguém viesse amarrá-la, decidindo que não reagiria. Havia muitos deles e ela era a única pessoa livre além dos membros da Irmandade. Quando finalmente Vanessa virou-se, Ellis respirou fundo e pensou no que poderia ter feito de tão grave para provocar tamanha ira na líder dos Défias, uma vez que ela própria viria lhe capturar.
Enganou-se. Vanessa VanCleef não lhe dispensou sequer um olhar e, ao invés de gingar na direção de Ellis, caminhou calmamente até o worgen. Tinha um sorriso no rosto quando abriu a berlinda que o mantinha preso, depois de receber a chave de um dos Défias, que a encontrara no bolso de Mantoforte. O worgen ergueu-se, proferindo lamúrias sobre o estado de suas costas, e transformou-se em humano.
– Almirante – disse Vanessa carinhosamente –, seu chapéu.
Almirante Rosnarrasga aceitou o chapéu das mãos de Vanessa e sorriu.
– Obrigado, minha querida – disse baixinho, com a voz fraca devido à falta de uso, e o som que saiu de sua garganta soou como um rosnado. Depois, foi calmamente juntar-se à Falagrum e Helix.
Vanessa lhe sorriu de volta e permaneceu quieta por um instante, observando o resultado de seu trabalho. Ellis levou um susto quando, de repente, ouviu seu nome ser pronunciado de forma violenta. A líder dos Défias virou-se e encarou-a firmemente.
– E você, Ellis… – disse – … eu pouparei sua vida. Você fez muito para ajudar nossa causa, mesmo sem saber. Mas, da próxima vez em que nos encontrarmos, será como inimigas.
Vanessa virou-se e andou na direção de seus amigos, sem esperar resposta. E, mesmo que esperasse, não a obteria, uma vez que Ellis não sabia onde sua voz havia se escondido. Deve ter sumido junto com a minha coragem, pensou, culpando-se pelas capturas de Horatio e do Marechal. Devia ter feito alguma coisa.
– Só me diga uma coisa, Vanessa – pediu o Tenente Horatio Laine de forma impulsiva. – Por que mandou matar os Taturana?
– Não tive escolha, Tenente – respondeu ela, de costas para Horatio. – Eles me reconheceram. Eram as únicas pessoas no mundo que sabiam da minha existência e acabaram se lembrando. A morte deles não me trouxe alegria.
Ellis não sabia se estava liberada para partir. Mesmo que estivesse, no entanto, como poderia deixar seus aliados naquela situação? Seu dilema não durou muito, no entanto. Passados alguns segundos, Vanessa VanCleef pôs-se a gritar suas ordens aos membros da Irmandade:
– Não deixem nada além de cinzas em seu rastro, irmãos! Queimem o Morro da Sentinela até o chão!
Assim que acabou de falar, Falagrum ergueu seu cajado e, em instantes, toda a área em torno da Torre do Morro da Sentinela pegava fogo. Desesperada, Ellis forçou-se a se mover e, entre gritos de afobação, pôde distinguir a voz forte do Marechal Miguel Mantoforte:
– Ellis, vá para Ventobravo! – ele berrava. – Conte tudo ao rei Wrynn! TUDO! AGORA!
Ellis observou o Marechal se levantar, soltando as mãos, enquanto os outros ainda se debatiam no chão. Ninguém mais segurava-os, e Ellis entendeu que a intenção de Vanessa não era capturá-los, afinal. Queria simplesmente que ficassem ali, assistindo à destruição de seu querido Morro enquanto tentavam desesperadamente salvar suas vidas. Após uma última espiada para trás, passou por entre as chamas, sem rumo, e correu pelo Morro da Sentinela deserto. Subiu no primeiro cavalo que encontrou e tomou a estrada, cavalgando o mais rápido que podia em direção à Ventobravo.
Em direção à minha casa.
Tentou ignorar a possibilidade de deixar tudo para trás, ir para casa e nunca mais se meter a investigar nada. Tinha passado por perigos demais e agora queria descansar. Mas o caso tinha sido resolvido da pior forma possível, e o que deveria ser apenas a descoberta da motivação de um homicídio acabou tomando proporções muito maiores.
Quando chegou a Ventobravo, a noite já se tornava madrugada. Havia passado o dia todo cavalgando desesperadamente, sem paradas para descansar ou comer, apenas imaginando o destino do pobre Marechal Miguel Mantoforte e do gentil Tenente Horatio Laine. Aliviada, adentrou a Bastilha de Ventobravo pela primeira vez na vida e sentiu seus joelhos amolecerem ao se prostrar diante do Rei Varian Wrynn.
– Erga-se – disse ele. – Glória à Aliança!
– Glória à Aliança – respondeu Ellis, levantando-se. – Vossa Alteza, venho a mando do Marechal Miguel Mantoforte, do Morro da Sentinela. Fomos atacados pela… pela Irmandade Défias.
– A Irmandade Défias foi destruída há anos – disse o Rei.
– Pois voltou a se erguer agora, Vossa Alteza – Ellis respondeu, acanhada por precisar contrariar o Rei. – Edwin VanCleef tinha uma filha, que planejou sua vingança durante todos estes anos. Agora, a Irmandade Défias está reerguida e, pelo que parece, mais forte do que nunca.
– Mas… como… isto é terrível! – gritou Varian, chocado. – Precisamos interferir nisto o mais rápido possível… Destacarei um batalhão para Cerro Oeste imediatamente. Com a ascensão da Irmandade Défias, uma antiga ameaça ao reino está de volta. Como é o seu nome, menina?
– Sou Ellis, Vossa Alteza – ela fez mais uma vênia.
– Pois bem, Ellis – continuou o Rei. – A força da Irmandade Défias não pode ser menosprezada. Você testemunhou o nascimento de uma organização criminosa implacável que fará de tudo para reduzir Ventobravo a cinzas. Quero que vá de volta ao Morro da Sentinela e avise ao Mantoforte que vou enviar reforços. Espero que não seja tarde demais…
Desta vez, Ellis voltou voando. Durante toda a viagem, desejou, do fundo de seu coração, poder chegar ao seu destino e encontrar o lugar intacto e as pessoas sãs e salvas. Ao pousar no Morro da Sentinela, menos de duas horas depois de deixar Ventobravo, suas emoções se dividiam entre a tristeza e o alívio. Encontrou uma resistência montada pelos soldados da Brigada de Cerro Oeste, e entre eles encontrava-se o Marechal Miguel Mantoforte, um tanto abatido, porém inteiro.
– Oh, Ellis! – gritou ele ao vê-la. – Estava morto de preocupação! Conseguiu chegar a Ventobravo?
– Cheguei, Marechal – respondeu Ellis. – O Rei me mandou na frente para avisá-lo que um batalhão será enviado para cá.
Ellis olhou em volta e chocou-se com a paisagem devastada. O fogo ainda tomava boa parte do Morro da Sentinela e o ar estava pesado, negro de fumaça, com cinzas voando por todos os lados.
– Marechal – disse consternada –, onde estão…
– Estão todos bem, querida. Não se preocupe. E quando vem o batalhão?
– O Rei disse que o enviará imediatamente.
– Oh, abençoado seja – o Marechal suspirou, olhando brevemente para o cenário devastado em que havia se transformado o Morro da Sentinela. – Cinco anos de trabalho arrasados em cinco minutos, Ellis. Malditos Défias! E isso é apenas o começo. Temos um longo caminho pela frente. Não resta dúvida de que os Défias representam uma grande ameaça ao reino, mas não podemos simplesmente entrar no esconderijo deles e esperar que tudo acabe bem. Nada disso: uma investida contra os Défias exigirá planejamento e tempo. Deixe a logística comigo – ele a encarou profundamente. – Você fez muito por nós, minha querida. Seremos eternamente gratos pelo seu trabalho. Você poderia crescer nisto, Ellis… se quiser… eh, vá para as Montanhas Cristarrubra, a leste, atravessando Elwynn, e apresente-se ao Magistrado Salomão na Vila Plácida.
Ellis sorriu abertamente, olhando em volta. Assentiu e despediu-se do Marechal e de todos os membros da Brigada de Cerro Oeste que se empenhavam em defender o Morro da Sentinela contra a ameaça dos Défias. Depois, tomou um grifo e partiu em direção ao seu novo destino.
Chegou à Vila Plácida numa manhã fria e chuvosa que se estendia sobre as pequenas instalações que compunham o pequeno vilarejo. Informou-se com um guarda e, em menos de cinco minutos, encontrava-se em frente a ao Magistrado Salomão, um senhor simpático que, a julgar pela fila de reclamantes que se iniciava em sua sala, devia estar com alguns problemas para resolver.
– Eu soube que o Défias estão preparando um retorno – disse Salomão assim que Ellis se apresentou. – Péssimas notícias. Eu gostaria de lhe dar algumas melhores, mas acontece que a Vila Plácida está sendo atacada! Cidadãos estão morrendo a torto e direito.
Ellis tentou prestar atenção aos resmungos dos cidadãos de Cristarrubra que se amontoavam na sala, todos aguardando atendimento individual. Percebeu que Salomão devia mesmo estar tendo que lidar com algumas situações problemáticas.
– Cadê a ajuda que pedimos a Ventobravo? – gritou um dos reclamantes. – Faça essa maldita fila andar, Salomão!
– Meus filhos foram sequestrados enquanto dormiam – disse uma mulher. – Eu quero respostas, Salomão!
– Os gnolls jamais foram tão agressivos… O que está havendo, Salomão? Fale!
Salomão suspirou, cansado, e encarou Ellis.
– Temos poucos homens à disposição para lidar com os problemas – disse. – Bem, julgo que você seja a nossa ajuda de Ventobravo. Chegou em boa hora.
– Oh, que bom que cheguei – disse Ellis, descobrindo naquele momento que Marechal Mantoforte a havia enviado em outra missão. Sorriu sinceramente e assentiu com a cabeça. – Irei ajudá-lo, Salomão. Mas, por hora, preciso resolver alguns… hum, assuntos.
O Magistrado concordou, feliz pela perspectiva de, em breve, ter alguém para ajudá-lo a se livrar de todas as pendências. Ellis desviou-se dos inúmeros cidadãos, que continuavam a gritar ameaças e ofensas ao pobre Salomão, e correu até a estalagem da Vila Plácida. Escolheu um bom quarto e largou seus poucos pertences no chão. Deitou-se na enorme cama de dossel e olhou para cima por um instante.
Ei, Hal, disse em pensamento. Onde quer que esteja, espero que fique orgulhosa de mim.
Depois, encolheu-se bem em um canto, fechou os olhos e dormiu.
* O Tenente Horatio Laine, que acompanhou Ellis desde o começo da história, é uma referência ao personagem Horatio Caine, protagonista do seriado CSI: Miami da CBS Television Studios.
* Em seus diários, Vanessa VanCleef assina os depoimentos com a letra “V”. Esse fato faz referência ao filme “V de Vingança”, no qual o protagonista é um revolucionário anônimo que utiliza a mesma letra como sua marca.