Boa leitura e espero os comentários com as opiniões de vocês, viu?!
Acordei novamente com aquele clarão refletindo na minha janela. Esfreguei os olhos e pensei em sair para investigar, mas o que mamãe havia dito no dia anterior estava martelando minha mente, eu realmente precisava decidir minha classe.
Levantei, só por curiosidade olhei pela janela (vai que o clarão misterioso revela sua identidade?!) e mudei de roupa para começar a pesquisar sobre as classes disponíveis para mim.
– Bom dia meu pedacinho de brownie!
Santa Eluna, que vergonha… Mamãe tinha esse costume de me apelidar com nomes de doces. Incontáveis foram as vezes que meus amigos riram de mim quando ela me chamava na porta de casa:
– Tortinha de morango, venha para casa!
– Pavêzinho de chocolate, hora do banho!
– Rosquinha de coco, o almoço está pronto!
– Pudinzinho, hora de dormir!
Depois de uma longa conversa com ela sobre meus apelidos comestíveis, consegui convencê-la de me chamar assim somente em casa, afinal, se fosse para passar por esta humilhação, melhor passar sozinha.
– Bom dia mãe, tem algo pra comer?
– O que foi meu algodãozinho? Está doente?
– Por que pergunta? Se estou com fome é claro que não tô doente.
Ela se aproximou, limpou as mãos no avental e posou a palma da mão direita na minha testa.
– Porque você está séria, meu cuscuz… E isso não combina com a minha Kinndy espevitada que conheço.
Suspirei. Ela tinha razão, eu estava preocupada sobre minha escolha, eu tinha pouco tempo para tomar a decisão que mudaria minha vida e não podia fazer isso de uma forma “espevitada”.
– Eu… eu… Mãe, a gente pode conversar?
Mamãe franziu a testa e sentou-se a mesa, arrastou uma cadeira para que eu sentasse ao lado dela.
– Vem aqui, vamos conversar filha.
Senti um frio na barriga, há muito tempo nós não tínhamos conversas sérias.
– Sabe o que é mãe… é que…é…
Ela sorriu e olhou para mim com o olhar mais doce do mundo:
– Você está com medo de escolher uma classe, se arrepender e ser infeliz pro resto da vida, não é?!
Arregalei os olhos e comecei a desconfiar que ela seria uma vidente.
– Não se assuste, minha lindinha. Eu sou sua mãe, você nasceu de mim. Logo, eu sei quase tudo que se passa com você. Principalmente quando você está pensativa e assustada.
Meus olhos encheram-se de lágrimas, a abracei e não consegui pronunciar sequer uma palavra.
– Sabe, quando eu tinha sua idade, tive a mesma preocupação, o mesmo medo. E sabe o que eu fiz?
Afastei-me um pouco e a olhei, esperando uma resposta.
– Eu conversei com treinadores, professores, alunos e os mais velhos de cada classe.
Um luz surgiu na minha cabeça. Como eu nunca tinha pensado nisso? Se eu realmente quisesse saber como era cada classe, bastava eu perguntar para as pessoas que exerciam aquela classe!
– Mãe, você é um gênio!
A beijei na bochecha e saí correndo.
– Espera menina, e o seu café da manhã?
– Eu como algo na rua!
Ao abrir a porta, dei de cara com papai.
– E aonde vai minha pequenina?
– Oi pai! Vou sair para decidir meu vida! Te amo, tchau!
Ele sorriu, balançando a cabeça e me deixando sair em direção ao meu futuro.
Quem sabe aquele clarão que eu via na janela não era nada mais do que meu pensamento me guiando para esta aventura?!
Estava tão concentrada em ter achado esta solução que saí correndo para a biblioteca de Dalaran. Ah sim, saí correndo de olhos fechados… Sabe aquela alegria que você sai por aí rodopiando, pulando e correndo de olhos fechados? Não? Poxa, que pessoa triste que você é…
Então lá estava eu, feliz, correndo, sorrindo e cantarolando. Tudo isso de olhos fechados.
Quando menos esperava, colidi com muro enorme, duro e coberto por metal.
Metal?
Caí de costas e quando abri os olhos, vi a coisa mais amedrontadora que já vi na minha vida. Um mostro gigantesco, cheio de músculos e coberto por uma armadura assustadora!
Obs: Gostaria de agradecer o Malvino@Goldrinn por ter sido um doce comigo e ter deixado eu tirar vários prints do seu personagem.