Antes de anunciar o vencedor, preciso agradecer, em nome de toda equipe, todas as mensagens que recebemos. Vocês são uns lindos, e o motivo da gente estar por aqui todos os dias!
Não foi fácil escolher uma só mensagem, e eu juro do fundo do meu coração que eu bem queria ter pelo menos uns 10 Illidans aqui pra vocês. Mas no fim, quem mais tocou nosso coração, foi o Flávio – ou Dragooner@Goldrinn. Porque mais que um jogo, mais que o grind diário, mais que as realizações pessoais ingame, o que importa é o que a gente traz dele pra nossa vida, ou como ele faz a gente enxergar melhor quem tá em volta da gente, no jogo ou IRL. Mais que tudo, o que importa são as pessoas. A gente aqui, vocês aí, e todos os amigos, colegas e até os inimigos de facção – tem lugar pra todo mundo em Azeroth <3
Bem, é bastante difícil começar. Senti uma obrigação de escrever para vocês do WoWGirl, a premiação é ótima e vocês estão de parabéns pelo site. Eu mesmo não conhecia o WoWGirl antes da Blizzard localizar o WoW para o português. Agora o site faz parte da minha leitura obrigatória e é aí onde entra o motivo pelo qual eu resolvi escrever.
Sou casado há quatro anos, e apesar de já jogar WoW há bastante tempo, faz apenas um ano que a minha esposa joga comigo. Sou um caçador noctiélfico e ela é uma sacerdotisa draenaia, somos de uma mesma guilda e muitas vezes conseguimos fazer algumas coisas juntos. Apesar de tentar bastante, o trabalho e o estudo não me deixam ser aquele jogador hardcore que faz raides e campos de batalha ranqueados durante toda a semana. Isso se traduz em uma corrida contra o tempo nos sábados e domingos para dar conta dos ‘caps’ semanais e não desapontar o core da guilda. Como caçador, não sou o melhor DPS, mas ainda não sou o pior. Certo dia, antes de entrar no jogo, lembrei que não lia o blog já há alguns dias. Resolvi ler então e me deparei com um post que me chamou a atenção pelo título: E os anti-heróis? Ao chegar em “Mas e se eu não for o herói que Azeroth sempre precisou?” Aí, pensei: lá vem mais um desses questionamentos filosóficos que o MoP incutiu na cabeça de todo bendito jogador de WoW. Todos agora fazem julgamentos e se perguntam pelo que vale a pena lutar. Devorei o resto do texto.
A princípio, eu realmente não me importei e até mesmo não me reconheci como o player que faz isso ou aquilo, tentando sempre me dividir entre o conteúdo mais recente e conquistas antigas. Continuei lendo outros posts até o momento em que minha esposa que estava sentada ao meu lado perguntou se eu ia precisar daquela pedra lapidada que eu havia pedido no dia anterior (ela é joalheira). Essa pergunta dela me pegou desprevenido, porque só então eu percebi que aquele post se referia completamente a ela. Fiquei bastante triste. Mesmo sem que ela tivesse visto o texto, aquela pergunta esfregou na minha cara todas aquelas vezes em que eu reclamei dizendo que ela deveria se equipar mais, que seu ilvl estava ridículo, que ela não tinha set JxJ, dentre outras coisas. Percebi que muitas vezes deixamos de nos divertir para simplesmente discutir sobre aquilo que ela deveria fazer ou não para seguir a progressão. E eu ficava desapontado quando no intervalo entre um chefe e outro, eu espiava a tela dela, e ela estava lá batalhando com as mascotes dela ou na casa de leilões.
Senti aquele nó na garganta, sabe? Aquele mesmo! Feito de arrependimento. Por um segundo eu lembrei de todas as vezes que ela lapidava pedras pra mim e até pra membros da guilda ou colegas dos CBs. Das vezes em que ela me mandou um ouro quando a situação estava apertada. E não só ingame, mas do café quando estávamos naquele momento tenso em meio a um chefe que teimava em não cair, e o apoio e a felicidade que ela dividia comigo. Gritando um parabéns ou dizendo o quão realmente era difícil aquele chefe e que próxima semana eu com certeza o derrubaria. Levantei. Disse que não precisava não da pedra, não naquela hora. Agradeci mesmo ela não sabendo o porquê e dei um abraço bem apertado na minha companheira. Minha melhor amiga na vida e no jogo. Obrigado pelos posts meninas e até a próxima.
Flávio, te mandamos um email, pelo endereço que deixou no formulário, pedindo os dados para envio da action figure. Espero que o Illidan seja uma boa companhia pra você e sua esposa <3
Ah, e se ela ainda não leu isso, mostre o quanto antes, tá? 🙂
P.S.:E pra quem pediu indicação de onde comprar, manda um recado pelo contato do site que conto o caminho ^^