/Salute à todos!
Semana passada falamos de uma das figuras mais respeitadas da Horda, um herói em vida e que deixou um legado de honra e um espírito de luta.
O herói de hoje, não é apenas um herói. E será um trabalho muito penoso de colocar a história desta lenda em apenas um artigo. 🙁
Levantem suas armas, pois, meus caros aliados, nunca na história de Warcraft existirá outro guerreiro como este. Hoje falamos de um dos ícones mais respeitados de Azeroth, e O grande herói da Aliança: Anduin Lothar, da linhagem Arathor, o Leão de Azeroth.
Vamos recapitular uma coisa ou outra que já vimos dele aqui nestas páginas que eu vos escrevo com tanto carinho toda semana. 🙂
Anduin Lothar e sua linhagem permitiram que Terenas convocasse o pacto com os elfos de Quel’thalas para a Segunda Guerra contra a Horda. Anduin Lothar era um excelentíssimo guerreiro, estrategista, amigo próximo de Medivh – a quem ajudou a matar – e Llane, comandante de Turalyon, campeão do reino de Azeroth e a razão de Stormwind existir hoje em dia, e dos humanos terem prevalecido.
Azeroth era o nome do reino que conhecemos hoje por Ventobravo [Stormwind]. Tenha em mente que um reino é um punhado de terras de propriedade da coroa, no caso a família Wrynn, que controla uma parte de territórios ao Sul de Eastern Kingdoms, onde Lothar e seus dois amigos tinham suas aventuras quando crianças e jovens adolescentes.
Então tirem seus chapéus, capacetes, capuzes, porque este, meus caros, é o Leão de Azeroth.*
*Também conhecido por “Supreme Commander of the Alliance”, “Knight Champion of Azeroth”, “Champion of Stormwind”, “Knight of the Realm”, “King’s Champion”, “Last of the Arathi”.
Quem foi Anduin Lothar?
Anduin Lothar foi o último descendente da linhagem Arathi. Se ele quisesse, ele poderia não ser só um rei, mas ele poderia ser ‘o’ rei.
Em termos psicológicos, Lothar é descrito como um líder muito carismático, forte, sábio e prudente. Era capaz de chamar a atenção e despertar determinação e convicção àqueles que o seguem. Lothar era extremamente leal ao povo do Reino de Azeroth e da Aliança. Determinado, Lothar lutou até seu último suspiro.
Por que deveríamos reconhecer Anduin Lothar como o maior guerreiro de todos os tempos?
Existem outros grandes guerreiros, claro… Tirion Fordring, Uther the Lightbringer, Turalyon, Grom Hellscream, Muradin Bronzebeard, Orgrim Martelo da Perdição [Doomhammer], seu pupilo e atual rei de Ventobravo Varian Wrynn,Varok Saurfang e seu irmão Broxigar Saurfang, o comandante Elfo Noturno Jarod Shadowsong, a caçadora elfa Shandris Feathermoon…
De fato, todos os citados tem força, habilidade, bravura, feitos memoráveis e dignos de uma história épica. Mas Anduin Lothar os supera. A grandeza de Lothar não vêm apenas de se provar em combate, de sua força física ou de seus atos de bravura… Anduin Lothar foi um homem que lutou pelo que ele achava certo, fez grandes sacrifícios por seu povo, colocou de lado seu direito de ser Grande Rei, não só viu o melhor amigo morrer como ele mesmo o matou. Lothar nunca se vangloriou de seus feitos, ele lutou contra inimigos alienígenas e demônios corpo a corpo, e ele nunca os odiou. Ele jurou proteger e ele protegeu. Ele salvou não apenas uma nação, mas uma raça inteira, um planeta inteiro de ser tomado por seres com sede de sangue e controlados por mestres demoníacos da Legião.
Ele não se corrompeu por opção, não se deixou corromper, não traiu seu povo, nem os entregou à própria sorte, não declarou guerra por lucro próprio, não lutou com um aliado por liderança de um povo, ele não escolheu um caminho de sombras por tornar as coisas mais fáceis para ele, não declarou vinganças, não se jogou do penhasco por que ele perdeu a honra de qualquer maneira. Anduin Lothar NUNCA perdeu sua honra.
Anduin Lothar foi um homem comum que nasceu, lutou, morreu, e deixou um legado por Azeroth afora.
Origens
Lothar cresceu entre a corte de Azeroth. Especulações são de que depois da Queda do Império Arathi (o primeiro reino humano dos quais todos os humanos são descendentes), a família real se recolheu ao Sul e foi acolhida lá. Apesar de poderem se auto-proclamar reis daquele lugar, eles não o fizeram.
Havia mais duas figuras importantes dentro do círculo de amizades de Lothar, seus dois melhores amigos: o príncipe Llane Wrynn, filho do rei Adamant e e rainha Varia Wrynn e Medivh, filho dos poderosos Nielas Aran e Aegwynn.
O trio era inseparável, mas ao chegar na idade, cada um seguiu seu caminho. No caso de Lothar, ele se uniu a junta militar de Ventobravo. Não demorou para ele subir lá dentro, Anduin foi de Cavaleiro à Soldado de Honra da Guarda do Rei Adamant e Líder da armada de Ventobravo.
A Primeira Guerra
Quando os Orcs entraram em Azeroth pelo Dark Portal com ajuda de Medivh, o primeiro grande alvo deles foi Stormwind. Lothar já havia recebido relatórios de que seres de pele verde estavam perambulando pelos arredores e esses relatos o preocupavam.
Ele aconselhou o rei Adamant a responder os invasores de maneira agressiva. Um conselho que seria ouvido pelo rei. Infelizmente o Rei Adamant falece e cabe ao príncipe Llane assumir seu lugar. O novo rei assumiu seu papel e compromisso e Llane e Anduin levantaram os banners para a defesa da grandiosa cidade. Eles conseguiram segurar os Orcs no que hoje é o Swamp of Sorrows.
Um livro chamado Tome of Dinivity, uma relíquia dos clérigos de Northshire Abbey, havia sido supostamente roubada por um bando de Ogros liderados por Turok. Lothar foi atrás desses ogros em Westfall, e seu esconderijo ficava numa mina abandonada comumente conhecida por Deadmines (Isso foi bem antes do VanCleef, ok?).
Mas eles foram esmagados em número e Lothar foi feito prisioneiro dos ogros. Cativo, a intenção era de que Lothar sofresse antes de morrer. Foram-se uns 20 meses até que reforços chegassem ao local. Com a ajuda das tropas de Azeroth, Lothar consegue recuperar a Tome of Divinity e a devolve para Northshire na esperança de que seja seguro lá. Agora de volta às batalhas, Lothar volta a liderar as forças de Ventobravo contra os invasores Orcs, para descobrir um fato terrível.
Khadgar, um jovem mago aprendiz de seu amigo Medivh, conta à Anduin e Llane que Medivh havia os traído. A invasão Orc em Azeroth não era coincidência, Medivh havia aberto um portal, dando passagem à estas criaturas em Azeroth, Garona confirma. Houve alvoroço em Ventobravo, e finalmente Anduin Lothar liderou tropas para atacar Karazhan e matar Medivh. Entre aqueles que foram junto de Lothar estavam Khadgar e Garona, a meia-orc que trairia o rei Llane, assassinando-o.
Lothar, Khadgar, Garora e sua tropa entraram em Karazhan. Lothar questiona Medivh, o mago afirma todas as acusações feitas contra ele. E eventualmente isso leva à uma batalha. Khadgar, já muito machucado pela batalha contra Medivh, perfuraria o coração do seu mestre com uma lâmina mágica e Lothar faria o penoso trabalho de decaptar o amigo de quem gostava tanto.
Apesar de Medivh agora não estar mais entre os vivos, isso não impediu que a Horda, sob comando do Chefe Guerreiro Blackhand, continuasse adentrando em território humano, devastando tudo a sua frente. A morte de Medivh não atrapalhou a Horda, para falar a verdade, Gul’dan o orc bruxo que estava por trás de Blackhand com seu conselho, tentou adentrar a mente de Medivh e entrou em um coma. Orgrim Martelo da Perdição [Doomhammer] usa isso para se livrar de Blackhand e clamar a liderança da Horda para si. Quando Gul’dan acorda, ele tem um novo Chefe Guerreiro para lidar, nervoso, cheio de interesses próprios e louco para quebrar seu pescoço. Garona era serva do Shadow Council, já comentado no artigo de Teron Gorefiend, e sob ordens infiltrasse em Ventobravo e ganhara a confiança da Aliança, principalmente do rei Llane. (Abrir um parênteses aqui, Garona era emissária da Horde, ela tratou com Medivh e, gostem ou não, ela teve um caso com o mago. O caso resultou em um filho, meio humano, 1/4 orc e 1/4 draenei.).
O reinado do rei Llane não durou muito. O pai de Varian seria assassinado por sua amiga, a espiã da Horda, Garona, sob influência malígna de Gul’dan.
Lothar, vendo que o reino onde havia crescido estava perdido, juntou o máximo de sobreviventes que pôde, pegou o filho de Llane, o pequeno Varian Wrynn e embarcaram em uma longa jornada ao norte. Lordaeron era seu destino. E lá desembarcariam.
Às suas costas, Ventobravo queimava. À sua frente, o futuro incerto.
A Segunda Guerra
Ventobravo estava em chamas, corpos de homens, mulheres e crianças estavam no chão entre os orcs que passavam pelas ruas. Lothar nao esqueceria, e pode apostar que Varian também não. Ao chegar na corte do rei Terenas Menethil II, em Lordaeron, Sir Anduin Lothar contou sua história e os acontecimentos que se passaram no reino ao sul do falecido rei Llane. Varian se aproximava de Arthas enquanto isso. Um pouco mais velho e muito mais abatido que o príncipe local. Varian agora seria rei, mas ele tinha um pouco menos do que 15 anos. (Arthas tem 10, nessa parte do livro. Então Varian deve ter entre 12~14)
Lothar reuniu-se com todos aqueles que lhe dariam ouvidos. Lothar tinha uma reputação, e era respeitado, logo ele conseguiu reunir as nações. Todos estariam em perigo em breve, e Lothar tinha uma força de vontade de ferro.
Lothar precisou convencê-los e um a um ele ganhou aliados. Terenas Menethil II, Thoras Trollbane, Perenolde de Alterac, Antonidas de Dalaran, Proudmoore de Kul Tiras, Wildhammer de Aerie Peak, Greymane de Gilneas e finalmente era chegada a vez dos elfos de Quel’thalas. O Rei Anasterian Sunstrider não se renderia aos argumentos de Lothar sobre o perigo à sua porta. Então ele foi forçado a usar um antigo pacto que os elfos haviam feito com a sua familia há muitos anos.
O império de Arathor assistiu os Elfos na lutra contra os Trolls e sairam vitoriosos. Por esta ajuda, que garantiu a vitória, os elfos entraram em débito com a familia real de Arathor, e apenas Lothar restava desta linhagem.
Por fim, uniram-se os anões Bronzebeards e os gnomos de Khaz Modan, que tabém estavam sendo prejudicados pelo avanço da Horda.
Era formada a grande Aliança de Lordaeron. E a Segunda Guerra, estava apenas começando.
Mesmo dando seu suporte à Lothar, os reis dos reinos ao norte do continente não se sentiam confortáveis com um comandante, embora renomado, de uma nação ‘rival’, gerenciando suas tropas. Lothar escolhe um General de Lordaeron para ser seu segundo no comando, Turalyon. Por ter muito carisma e ser um bom e sábio líder, todos sob seu comando se afeiçoavam facilmente à Anduin, e como Varian, Turalyon começou a considerar Lothar uma espécie de segundo pai. O exército todo se sentia assim e é legal que esse tipo de sentimento dava mais força de vontade aos soldados, sabendo que Lothar estaria ali para guiá-los à vitória.
Além de Turalyon, Lothar empregou outros 3 membros de nações distintas sob seu comando: O Almirante Daelin Proudmoore de Kul Tiras e sua frota naval poderosíssima, Uther the Lightbringer e o Archmage Khadgar entraram como seus tenentes.
Turalyon e Khadgar partiram para o Norte para prevenir ataques da Horda e seus aliados Trolls de Zul’Aman à Quel’thalas, como gratidão pela nova aliança. Lá Turalyon conhece Alleria Windrunner.
Enquanto isso, Anduin Lothar procurava por Martelo da Perdição [Doomhammer], o Chefe Guerreiro da Horda. O exército de ambos se debateram de Hillsbrad até as portas da Cidade Capital de Lordaeron. Onde Terenas comandou a defesa.
Doomhamer chegou à Lordaeron usando da traição do rei da nação de Alterac, Perenolde, caminhos que o levaram diretamente à Lordaeron. E lá lutaram pela cidade. Lothar e Doomhamer eram bons líderes e grandes guerreiros, mas o que colocou Lothar num nível de liderança da batalha era a lealdade e o fervor de seus soldados para com ele, os orcs não tinham este tipo de unidade entre eles, nenhum nutria simpatia por Doomhammer. O espírito dos Humanos era mais forte. De repente, Orgrim Martelo da Perdição [Doomhammer] retira suas tropas de Lordaeron e bate em retirada – traído por Gul’dan, que assassina dois dos amigos mais íntimos de Doomhamer: Durotan e Draka (conhecem? Dica: 1 + 1 = Thrall). Lothar recebe notícias de que o Almirante Proudmoore conseguiu uma série de conquistas nas águas do oceano e parte para o Sul.
E foi aos pés de Blackrock Spire que Lothar encontrou o fim de sua jornada em vida. ele liderava uma tropa que cai em uma emboscada da Horda. Dividido do resto do exército, Lothar lutou a, considerada, maior batalha de Azeroth.
Orgrim Doomhammer e Anduin Lothar finalmente estavam frente a frente. Emboscada ou não, Orgrim Doomhamer foi vitorioso. Depois de um combate intenso e cansativo, ele finalmente quebra a grande espada do velho Lothar. Existem versões diferentes para este combate, mas no final é sempre assim: Lothar morre, Doomhammer acreditava que, com o fim de Lothar, o espírito dos humanos seria quebrado, mas o efeito é justamente o oposto.
Afinal Lothar não era só mais um numa armadura. Lothar era um ícone. Liderados pelo grande Turalyon, as tropas da Aliança ergueram suas armas. “Por Lothar!”, eles gritavam enquanto seus ranks destruiam o exército invasor. E em nome de Lothar, a Aliança ganhou a Segunda Guerra. Turalyon liderou a vitória em Blackrock. Com o caminho livre, Turalyon, Khadgar, Alleria e os demais puderam dar um fim ao Dark Portal.
Adendo: Doomhammer foi capturado e preso em Undercity, conforme ele passava pelas ruas da cidade capital, Varian e Arthas o observavam. Varian comenta com Arthas que era melhor que matassem logo Doomhammer ao invéz de o colocarem em cativeiro.
O Legado
Mesmo depois de morto, o espírito de Anduin Lothar sobreviveria.
Os Humanos ainda lembram dos sacrifícios de Lothar, de sua garra, de sua honra, de seu exemplo. Lothar era o Leão de Azeroth. Ele era aquele que colocava o povo dele antes de suas necessidades pessoais, ele não se deixou levar pelo ego, por promessas de poder.
Ele daria forças aos seus companheiros, daria nome ao grupo liderado por seu General Turalyon – Sons of Lothar, daria nome ao filho de seu pupilo, Varian, Anduin Wrynn.
“Long may the lions roar over the gates of Stormwind, and know that as they do, they roar for him as he roared for them.” ~WoW Insider
Essa frase ficou tão bonita que eu tive que mostrá-la aqui… Tradução: Que por muito tempo os leões sobre os portões de Ventobravo possam rugir, e saiba enquanto eles o fazem, eles rugem por ele (Lothar) como ele rugiu por eles.
Referências no jogo:
Anduin Llane Wrynn – o príncipe de Ventobravo tem este nome em homenagem à Anduin Lothar, que salvou seu pai, e seu avô, pai de Varian, Llane Wrynn.
O cinto que o rei de Ventobravo, Varian Wrynn usa é o cinto de Anduin Lothar, ganho num torneio gladiatorial da Horda enquanto ele era escravo lá. (Além de matar o cara ainda looteram o corpo dele, sacanagem. Pelo menos foi o Varian que reouve o belt…)
Ashkandi – As iniciais no cabo “A.L.” indicam que Ashkandi, drop de Nefarian, possa ter sido uma espada de Anduin Lothar.
Sons of Lothar – facção encontrada no forte de Honor Hold
Monumentos:
Anduin Lothar tem uma Estátua em Burning Steppes.
Monumento ao Comandante Supremo (Monument of Remembrance), em Hellfire Peninsula.
Fontes de referência para este artigo incluem:
Warcraft – por Blizzard Entertainment (jogo)
Warcraft II – por Blizzard Entertainment (jogo)
World of Warcraft – por Blizzard Entertainment (jogo)
Tides of Darkness – por Aaron Rosenberg (2007)
The Last Guardian – por Jeff Grubb (2009)
Arthas: Rise of the Lich King – por Christie Golden (2009)
http://www.wowwiki.com/Assault_on_Blackrock_Spire
http://www.wowwiki.com/Anduin_Lothar
Special thanks to:
http://wow.joystiq.com/2011/08/10/know-your-lore-anduin-lothar-the-lion-of-azeroth-part-1/
http://wow.joystiq.com/2011/08/17/anduin-lothar-the-lion-of-azeroth-part-2/
by Matthew Rossi (Quem souber inglês, é muito legal ler esses 2 links aqui)
~Para a Aliança, e todos seus jogadores e simpatizantes. Por Honra, por Lordaeron… Por Lothar!