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Oi, gente! Tudo certinho? 🙂

Finalmente, sexta-feira! Quem não gosta de uma sexta-feira? Ela nunca falou mal de ninguém. /failjoke

Então, chega de falar de boss! Já falei de muito boss, hoje vou falar de alguém que não importa a facção que você esteja, se você conhece de Lore, normalmente você respeita esse cara aqui:

Cairne Bloodhoof

nota: Eu também estranhei a tradução de Cairne para Caerne. Mas como é a tradução oficial encontrada no site da battle.net, então usaremos este nome no artigo. 🙂

 

Quem é Caerne Casco Sangrento [Cairne Bloodhoof]?

Caerne fez sua primeira aparição no jogo Warcraft III, durante a Terceira Guerra, se aliando à Nova Horde de Thrall quando este desembarcou em Kalimdor seguindo o conselho do “Profeta”, que mais tarde se revelaria Medivh.

Cairne no TCG

Ele pertencia ao clã Casco Sangrento e era o Grande Chefe [high chieftain] dos Tauren, líder da capital Horda Penhasco do Trovão [Thunderbluff]. Durante toda sua vida, Caerne demonstrou ser um poderoso e honrado guerreiro por diversas vezes, porém sua natureza é gentil e deseja a paz e tranquilidade.  Considerado um líder espiritual para seu povo, Caerne tem uma conexão fortíssima com o planeta e respeita igualmente as forças elementais, os animais e a natureza.

Agora que temos um pouco de noção de quem se trata Caerne Casco Sangrento, vamos falar um pouco de seu passado:

Os Shu’halo e os Centauros

 

 

Desde tempos imemoriais, os Tauren, ou Shu’halo em seu próprio idioma, relatam a existência de Centauros. Segundo eles, os centauros são criaturas de ódio criadas para o flagelo da terra e de suas criaturas. Existe um livro no jogo, localizado em Penhasco do Trovão [Thunderbluff] que conta um pouco dos problemas dos Tauren com os centauros.

O conflito direto com os centauros era a única coisa que unificava as tribos de Tauren, dentre eles Caerne se destacava por seu valor e sabedoria. Desde cedo ele fora treinado com atributos de liderança pelo clã Casco Sangrento. Cairne sabia que seu povo estava em perigo quando lutavam contra os Centauros. Ele queria relocar seu povo dos Sertões [Barrens], onde eles eram presas fáceis para seus inimigos, para o norte, um lugar chamado Mulgore. Com os ataques dos centauros se tornando cada vez mais constantes, Cairne começava a perder as esperanças.

Caerne e a Terceira Guerra

A sorte dos Tauren mudou quando os orcs da Nova Horda desembarcaram nos Sertões [Barrens], Kalimdor. O jovem Chefe Guerreiro Thrall chegava com seus orcs e com os trolls da tribo Darkspear, resgatados anteriormente.

Após ver Thrall e seus companheiros derrotando um grupo de centauros, Caerne se aproximou e apresentou-se.Thrall lhe contou que eles chegaram à estas terras procurando pelo seu destino. Caerne apontou para o norte e disse que ele poderia encontrar um Oráculo por lá.

Ao saber que centauros foram avistados indo naquela direção, Caerne juntou seus guerreiros e se apressaram para defender a vila que convenientemente ficava ao norte da região. Thrall ajuda Caerne com a batalha e ambos saem vitoriosos.

Caerne conta a Thrall sobre seu objetivo e sua luta contra os centauros, o orc por sua vez jura levar o povo de Caerne para Mulgore em segurança em troca da localização do tal Oráculo.

Chegando em Mulgore com segurança, Caerne diz a Thrall que o Oráculo se encontrava em Stonetalon Peak. Com a ajuda dos Wyverns de Caerne, Thrall conseguiu combater as harpias das Cordilheira das Torres de Pedra [Stonetalon] e lutou contra os humanos ali já instalados para ter acesso ao lugar.

Só que os humanos ja tinham entrado ali. Comandados pela jovem maga Jaina Proudmoore, os humanos eram sobreviventes da grande invasão e dizimação de Lordaeron e reinos vizinhos pelo terrível exército do Lich Rei, Flagelo, e como Thrall, foram enviados à Kalimdor pelo Profeta/Oráculo.

Mesmo enfrentando as forças dos humanos, ao chegar ao Oráculo, lá estavam Jaina, Thrall e Caerne com a proposta de fazerem uma aliança contra um mal terrível que se aproximava. O Oráculo era ninguém menos que Medivh, um ex-guardião de Tirisfal, que havia trazido a primeira Horda à Azeroth sob influência maligna de Sargeras, o titã caído. Medivh reforçou seu pedido e reluntantemente os três aceitam a aliança contra a Legião Ardente.

Ao lado de Thrall, Jaina, Tyrande e Malfurion, Caerne participa da luta contra a Legião Ardente [Burning Legion] em Hyjal, enviando seus Tauren como agradecimento pela assistência dada por Thrall e sua Horda.

Do Penhasco do Trovão [Thunderbluff]  ao Cataclysm

Caerne estava feliz em ajudar os orcs a se ajustarem à sua nova casa, Durotar, e depois retornar ao seu povo para sua própria nova casa, Mulgore. Caerne e seus Tauren montam a cidade de Penhasco do Trovão, encerrando os hábitos nômades dos tauren que os levariam à uma eventual extinção. Alguns meses depois, o filho de Caerne, Baine, é sequestrado por centauros.

Caerne acreditava que Baine estava morto, e começou a cair em uma depressão profunda a ponto de não querer mais liderar os Shu’halo. Sem a liderança de Caerne, os Tauren não sabiam o que fazer. Eles precisavam de seu bravo líder, ainda mais agora que os humanos de Kul Tiras haviam chegado à Kalimdor.

O Almirante Daelin Proudmoore era um veterano de guerra e detinha o maior poder naval de Azeroth. Ele viera a Kalimdor temendo pela sua filha caçula, Jaina. Por mais que a moça tentasse explicar ao pai sobre as alianças, a Legião, ele não a ouviria. Derek Proudmoore, filho mais velho e herdeiro de Kul Tiras, havia morrido para um ataque orc à sua frota ainda na Segunda Guerra. O Almirante jamais superara isso.

E agora, ignorante às palavras de Jaina, Daelin declarava guerra à aliança que a filha lutava tanto para manter. Mensageiros chegaram a Caerne pedindo reforço, mas ele estava tão mal por Baine que ele pedira para que avisassem Thrall que ele havia morrido. Rexxar e Rohkan foram investigar o desaparecimento de Baine e descobriram a verdade, o Shu’halo estava vivo. com a ajuda de Bovan Windtotem, Baine fora resgatado para os braços de seu pai.

Sem o pesar de ter perdido o filho, Caerne estava disposto novamente a comprar uma briga de Thrall e ajudaria a derrotar as forças de Daelin antes que fosse tarde demais. Depois da morte do Almirante, Caerne e Thrall deixam Theramore, a cidade-estado portuária onde os humanos haviam estabelecido como base. Caerne volta para seu povo e permanece inativo até a queda do Lich Rei. Caerne foi até Borean Thundra para escoltar Garrosh e o resto dos sobreviventes de volta a Kalimdor.

Caerne em World of Warcraft (pré-Cataclysm)

 

Honra e Traição


Voltando a Durotar, Thrall dá uma festa. E depois decide deixar Azeroth, para procurar seus anciões em Nagrand, para consulta-los sobre alguns conselhos xamânicos, em prol de Azeroth. E, para assumir seu lugar temporariamente, Thrall escolheu Garrosh Grito Infernal [Hellscream]. Caerne não estava nada feliz com isso, e disse isso a Thrall, que não reagiu muito bem. Infelizmente, essa foi a última vez que o velho Tauren conversaria com seu amigo orc. Thrall tinha deixado Azeroth, e as últimas palavras que os dois velhos amigos compartilharam se deu numa discussão.

Pouco depois, Caerne recebeu uma carta de Hamuul Runetotem, o arque-druida de Penhasco do Trovão, dizendo-lhe que os orcs atacaram uma reunião pacífica entre tauren e druidas Elfos Noturnos, e mataram todos, exceto Hamuul, que milagrosamente sobreviveu. Mas o que ninguém sabia, era que os orcs que haviam atacado a reunião de paz em nome da Horda, eram, secretamente, parte do clã do Martelo do Crepúsculo [Twilight Hammer], manipulando a Horda e a Aliança para fazer a guerra em cima um dos outros. Justamente o que os Old Gods querem, né? ;D Ah, Old Gods, sempre tratando Azeroth como seu xadrez particular. Voltando…

Caerne, é claro, não sabia disso e Garrosh logo descobriu, acabou culpando-o pelo que tinha acontecido, gerando a ira de Caerne que agride o Chefe Guerreiro fisicamente. Esta discussão acabou desencadeando uma mak’gora, um duelo honrado de antigas tradições orcs. Cada combatente tinha permissão para fazer suas armas abençoadas com o óleo santo por um xamã de sua escolha, e eles também tinham que ter uma testemunha de cada. Cairne teve sua arma, a Runespear, que tinha sido passada de gerações entre os taurens Bloodhoof, abençoada pelo xamã tauren, Beram Skychaser. Garrosh, tinha sua própria arma abençoada pela matriarca Grimtotem, Magatha Grimtotem, que era conhecida por odiar Caerne e o clã Casco Sangrento [Bloodhoof], embora Caerne sempre tivesse recebido os Grimtotems de braços abertos. A batalha foi intensa, com Caerne sempre no ataque, surrando Garrosh, mas no final Garrosh conseguiu quebrar a Runespear de Caerne ao meio, e fazer um pequeno corte no peito do Tauren.

Este corte, que normalmente teria sido inócuo para alguém como Caerne, provou ser o fim do Grande Chefe. Magatha tinha secretamente envenenado Gorehowl, a arma de Garrosh, ao invéz de abençoá-la. Cairne caíra pelas mãos do novo Chefe Guerreiro [Warchief] da Horda e da matriarca Grimtotem, Magatha Grimtotem.

Aquele que viveu a vida inteira com honra, encontra sua morte pela traição.

Ingame:

A quest O Chefe Caído [The Fallen Chieftain] – Disponível para a Horda no evento da Semana das Crianças, lembre-se de chamar o órfão! 😀

O funeral de Caerne, que pode ser acompanhado durante o evento das Crianças:
[youtube http://www.youtube.com/watch?v=7n5jPQamYbk&w=420&h=315]

[Obsoleta] Impressão do casco de Cairne –  Foi substituída pela quest acima.

 

Descanse em paz, Cairne, pois você foi o melhor de seu povo. Esteja em paz com a Earth Mother.

 

Fontes utilizadas na produção deste artigo:

Warcraft III: Reign of Chaos & Frozen Throne – Blizzard Entertainment

World of Warcraft – Blizzard Entertainment

http://us.battle.net/wow/pt/game/race/tauren

http://us.battle.net/wow/en/game/lore/leader-story/baine-bloodhoof/1

http://www.wowpedia.org/Cairne_Bloodhoof

http://www.wowpedia.org/Centaur

http://www.wowpedia.org/Hatred_of_the_Centaur

http://wow.joystiq.com/2010/10/24/know-your-lore-cairne-bloodhoof/

http://wow.joystiq.com/2011/01/12/know-your-lore-baine-son-of-cairne-chief-of-the-bloodhoof-tau/

 

Ao meu amigo, o xamã shu’halo Klaintal, que parou com WoW. 🙂