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Bal’a dash heróis, mercenários e, por que não, vilões de Azeroth!

Estou aqui mais uma vez trazendo outro diálogo, já que a maioria parece gostar deste formato. Mas para os que não gostam, não se preocupem, meu próximo artigo não seguira desta forma xD. Dessa vez o convidado para a conversa é um membro do lado azul da força, Rhorak!

Para quem não sabe, a forma como eu escrevo esses diálogos é a seguinte: Primeiramente reúno-me com o convidado (geralmente através do msn) para nós discutirmos o assunto de forma casual e descompromissada. Depois eu pego tudo o que foi dito e organizo as ideias e argumentos de cada um de uma forma coerente e escrevo o diálogo entre nossos personagens. A ideia é apresentar alguma noticia em cada post (o anterior era uma notícia quando foi escrito hasuhasuahsuahuashu) mas fugindo do formato jornalístico tradicional, mostrando os pontos de vista dos personagens que habitam Azeroth (ou Terralém xD). Bom, vamos ao diálogo de hoje.

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Em uma manhã ensolarada de primavera a ladina Hellen Vess encontra-se sentada na Taverna do Javali Caolho na cidade neutra de Catraca. Apesar de a temperatura estar agradável como sempre, o clima na cidade não é dos melhores, pois a tensão da guerra paira no ar de maneira quase palpável. Não passa um dia sequer sem que ocorram conflitos entre os visitantes da Horda e da Aliança, e os bordoeiros não conseguem evitar o ocasional derramamento de sangue. Mas mesmo em meio a esse caos politico, a elfa aguarda por um conhecido, um guerreiro humano que lhe foi apresentado recentemente pelo Andarilho do Sol Panon Corvo da Tempestade. Hellen já estava pensando em ir embora quando viu o convidado entrando pela porta do estabelecimento.

Hellen: – Você esta atrasado. – Foi a primeira coisa que ela disse quando ele chegou à mesa em que aguardava.

Rhorak: – Sempre achei que vocês elfos fossem pacientes – ele respondeu sorrindo – Quer dizer, vocês vivem centenas de anos. – completou enquanto sentava-se em uma das cadeiras vazias.

Hellen: – Sou uma elfa de muitas virtudes, mas a paciência não é uma elas – respondeu-lhe de forma ríspida.

Rhorak: – Está bem, está bem, desculpe. Mas vamos logo aos assuntos, por que me convocaste aqui? Nessa cidade de goblins? – Era nítido o desprezo que o humano sentia pelos pequeninos de pele verde.

Hellen: – Creio que já esteja sabendo da descoberta da nova porção de terra ao Sul, o continente há muito esquecido ao qual chamam de Pandaria? Como você acredita que essa descoberta ira afetar a guerra que enfrentamos?

Rhorak: – Ainda sabemos muito pouco dessa terra mística , mas ela pode estar repleta de recursos naturais valiosos. E essa mera possibilidade é suficiente para que nenhuma facção possa deixar a outra explorar livremente o continente. Um mundo novo e repleto de mistérios e duas culturas em guerra, o que podemos esperar? Um acordo de paz?! Não, nós só descobrimos um novo campo de batalha onde poderemos continuar a nos degladiarmos.

Hellen: – Concordo com você neste ponto, mas ouvi alguns boatos de criaturas malignas chamadas Sha que se encontram aprisionadas no continente. Dizem que essas criaturas se alimentam de emoções negativas, tornando-se mais fortes. Temo que a nossa guerra pode trazer um novo inimigo sobre nós, talvez tão poderoso quanto a Legião Ardente ou o Flagelo.

Rhorak: – Não creio que eles serão inimigos tão poderosos… Mas é sempre bom cuidar com o que está por vir, afinal podemos ser surpreendidos… De qualquer forma, ainda acho que o maior inimigo na Pandaria será a facção oposta.

Hellen: – E quanto aos nossos novos aliados, o que acha deles? Eu aprecio o espirito livre dos Hozus, mas particularmente preferiria que minha facção tivesse se aliado aos sábios Jinyu, pois me identifico com a forma com que eles valorizam o conhecimento.

Hozu

Jinyu

Rhorak: – Ouvi dizer muito pouco desses povos, mas acredito que ambos estejam bem situados nas respectivas facções em que entraram. Os homens macaco possuem a falta de disciplina e a agressividade características da Horda, enquanto que os homens peixe lembram-me dos tempos anteriores à volta de Varian, quando a Aliança era mais rígida e burocratizada.

Hellen: – Entendo o seu ponto, e concordo com ele, mas estes são aliados de menor importância se comparados com a raça dominante da Pandaria! Muitos dos pandarens se uniram a Horda sob a liderança de Ji Firepaw, um monge cuja filosofia Houjin considera a inação como a maior das injustiças. E ouvi dizer que muitos outros se uniram a Aliança seguindo o exemplo de Aysa Cloudsinger, devota da filosofia Tushui que dita que a meditação é o caminho para solucionar todo e qualquer problema. Em qual das duas facções você acha que eles irão se adaptar melhor?

Ji Firepaw

Aysa Cloudsinger

 

 

 

 

 

 

Rhorak: – Na Aliança, sem sombra de duvidas! Além de termos seus antigos aliados, os elfos noturnos, eles se dariam muito bem com os draeneis e principalmente com os anões. Li em alguns livros que os pandarens e os barbudos costumam ter uma boa relação, além disso eles possuem uma maneira semelhante de ver as coisas, o mesmo “jeitão simples” entende?

Ao ouvir isso a elfa abre em seu rosto um sorriso cínico que aqueles que conversam com ela já estão acostumados a ver.

Hellen: – Concordo que eles têm algumas características em comum, como o respeito perante os elementos, o espirito aventureiro e o amor pela bebida, mas as semelhanças param por ai.  Os anões são cabeça quente demais para se entenderem com o estilo zen dos pandas. E você não deveria dar credito a qualquer coisa que lê por ai, existem muitos livros com informações incorretas ou não confirmadas, inclusive o famoso Diário de Anotações do Bram que circula por ai é falso! Não, acho que os ursinhos se entenderiam muito melhor com os taurens, pois ambos são xamãnistas pacíficos.

Rhorak: – Está bem, os pandas até podem se entender bem com os taurens, mas só com eles! Orcs, trolls, renegados, elfos sangrentos… GOBLINS?! Não consigo os ver convivendo com nenhuma destas raças.

Hellen: – Entendo, então é por eliminação que você julga que eles irão se adaptar melhor na Aliança, já que não irão o fazer na Horda… Mas e quanto ao Chen? Ele lutou ao lado de Rexxar na fundação de Orgrimmar.

Chen Stormstout

Rhorak: – Ele ajudou a Horda mais para achar ingredientes novos para as suas bebidas do que por qualquer outro motivo. Assim como a maioria dos pandarens, ele não parecia se importar muito com a guerra que estava acontecendo.

Hellen: – Essa é a impressão que os pandas passam mesmo… – Mais um de seus sorrisos debochados – Mas não podemos nos esquecer dos seus bravos lutadores, os monges. Como um guerreiro qual a sua opinião sobre eles? Esse estilo de luta desarmado não me convence, como respeitar um guerreiro sem armas? Quer dizer, o estilo surgiu por uma necessidade, já que eles não podiam usar armas na época em que eram escravos dos tais mogu. Mas agora que eles já conquistaram a sua rebelião e podem usar armas novamente, qual o sentido em persistirem no treinamento deste estilo?

Rhorak: – Eu acho que os pandarens terão muito a ensinar a ambas as facções sobre a arte da guerra, e mesmo aqueles que não têm interesse em aprender o estilo de luta dos monges poderão tirar lições valiosas. Qualquer guerreiro que consiga derrotar um adversário armado utilizando-se apenas de seus pés e punhos tem o meu respeito! Mas agora me surgiu uma pergunta: Será que a Cruzada Escarlate teve alguma forma de contato com os pandarens? Pois eles parecem ter monges também.

Hellen: – Quem sabe algum dos raros pandarens que saíram do continente os tenha ensinado, mas eu não acho que isso seja provável. Parece-me muito mais plausível supor que eles tenham desenvolvido o seu próprio estilo de luta desarmado de forma independente, talvez por não contarem com armas o bastante para todos os seus membros, não sei dizer.

Houve então uma pausa na conversa em que ambos ficaram quietos e pensativos por alguns instantes até que a elfa voltou a falar.

Hellen: – Mudando de assunto, você ouviu falar sobre as competições de mascotes que estão se tornando populares por toda a parte?

Rhorak: – Sim, e acho uma perda de tempo se quer a minha opinião. Surpreende-me como alguém pode ser tão desocupado para ficar treinando mascotes para se combaterem enquanto há uma guerra mundial acontecendo!

Hellen: – Engraçado você dizer isso, pois não faz nem uma semana que eu ouvi falar da sua ultima vitória em Dalaran. Então quer dizer que lutar nas arenas por glória pessoal não tem problema algum, mas competir como um treinador de mascotes é um desperdício de tempo… Vocês humanos são todos hipócritas mesmo. Bom, creio que com isso tenhamos terminado a nossa conversa, foi um prazer poder conversar com alguém da Aliança para ver o seu ponto de vista. Anu belore dela’na.

Rhorak: – Vejo as batalhas na arena como uma forma de treinamento. Após cada batalha sinto que estou cada vez melhor preparado para lutar na guerra. Quanto a treinar mascotes, deixe isso para os caçadores com seus animais de guerra! Bem, agora preciso ir. A Aliança urge de minha experiência militar em Pandaria, e pretendo estar pronto quando for chamado. Espero nos encontrarmos novamente algum dia para discutir mais sobre Azeroth. Até mais!

E ao ouvir isto a ladina se levantou estendendo a mão para cumprimentar o convidado, como é de costume entre os humanos, e este em resposta apresenta um sorriso indecifrável.

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Não sei se vocês perceberam a brincadeira com a descanonização dos livros de RPG, que até então eram uma das únicas fontes de Lore sobre os pandarens. Ainda tem muita gente levando eles em consideração, o que é perigoso! Como eu disse lá em cima, meu próximo post não ira seguir o formato de dialogo, ele será uma espécie de guia sobre como pesquisar e discutir a Lore.

Depois disso tenho algumas ideias para os próximos posts, mas nada decidido ainda. Deixem as suas ideias nos comentários para posts novos (não precisa ser para este formado de diálogos). Além disso eu gostaria de saber se tem muita gente interessada em artigos sobre o WoW TCG, que e algo do qual eu não vejo muito conteúdo em português por ai. Se tiver bastante gente interessada começarei a escrever alguns artigos a respeito também, mas só se eu perceber que vale a pena xD

Espero que tenham gostado ^^