Atenção: Se você ainda não leu nossos posts anteriores sobre Mists of Pandaria, esse texto contém spoilers. Por isso recomendo que clique aqui e comece do começo 🙂
Eu não dava muito por essa expansão, confesso. Pandas? Um continente escondido? Onde diabos isso vai se encaixar na história? Batalha de pets? Isso vai ser um fiasco! Mas, como geralmente somos punidos por fazer pré-concepções, a press conference da semana passada me fez ficar arrependida por ter julgado tão mal a capacidade da Blizzard de surpreender a gente.
Chegando na press conference, o time todo de desenvolvedores está à nossa espera, com um telão enorme de background. Infelizmente, a primeira coisa que disseram foi que não poderíamos filmar nem fotografar a apresentação, que mostrou muito mais do que o material que recebemos pra divulgação – por isso, acreditem quando eu digo que tem muito, muito mais por vir ainda!
A introdução sobre o tom da expansão, e os objetivos da Blizzard com ela foram feitas por Chris Metzen. E lá estava a Flavia anotando tudo freneticamente, achando tudo super interessante, mas só ok, quando de repente, ele pergunta aos outros se pode contar quem seria o ‘world boss’ da expansão. Juro que estava esperando que, sei lá, o Varian fosse enlouquecer, ou a Sylvanas fosse se rebelar e começar a fazer pandinhas mortos-vivos, mas a revelação de que o Garrosh iria levar sua loucura por conquista além do limite aceitável por toda a horda, e que a Aliança E a Horda invadiriam Orgrimmar juntas para matar ele, me deixou literalmente em choque. Sério, fiquei 5 minutos de boca aberta, olhando pro Metzen com cara de besta, e pensando em todas as implicações disso – e de como essa trama é simplesmente genial, e faz todo sentido. Não vou me estender em discussões sobre o Lore aqui [se quiserem, podemos fazer isso depois, claro!], mas foi exatamente nesse momento em que comecei a botar fé em Pandaria.
A apresentação continuou mostrando os itens que contamos nos posts anteriores, dando muitos detalhes de alguns itens, como as raças, por exemplo, e como a história de Pandária vai estar presente em todos os cenários e missões, e falando muito pouco de outras coisas – como os BGs [nós vimos vídeos, mas não pudemos gravar, nem nada do tipo, infelizmente]. Muitas perguntas foram respondidas, muitas dúvidas nasceram, mas o objetivo da Blizz com esse evento – deixar todo mundo empolgado com a expansão – foi alcançado.
Depois da apresentação, tivemos algumas horas para testar o alpha. Os gráficos e cenários estão, se é que isso é possível, mais bonitos que nas Screenshots que temos até agora. É muito agradável andar por lá, e dá pra perceber que eles estão tendo um cuidado enorme no design dos novos mobs, já que nada tem a cara de ‘reciclado’ que geralmente o pessoal reclama. Nada ali é mais do mesmo. As raças novas inclusive têm sets de armaduras próprios, animações de skill exclusivas e um nível de detalhamento maior ainda do que o usual. E, como esperado, apesar de toda a lindeza do cenário, é frustrante não conseguir voar. Andei por 3 mapas pegando fly-patches na esperança de poder ver tudo de cima, mas nada estava implementado ainda 🙁
A linha de quests inicial está muito bem feita, num estilo linear-contação-de-história similar ao do Cataclysm, o que é ótimo pra que você entenda o que seu personagem está fazendo ali. Não tivemos muitas quests liberadas, mas segundo os desenvolvedores, teremos mais liberdade na progressão do que no Cataclysm, mas ainda assim as quests serão mais bem amarradas e com significado.
Testei um Pandaren Monge – e me dei muito mal nisso, por não ler nada antes de sair clicando loucamente e escolher a build de tank ao invés do dps pra fazer as quests – mas já deu pra sentir um pouco da mecânica da classe. Sinceramente me pareceu um pouco confuso… chi, orbs, estátuas que você pode sumonar, stances [que fiquei com a impressão de serem sub-specs dentro de cada spec, e como as estátuas, são pré-requisito para alguns spells], mas acredito que essa confusão aconteceu principalmente por falta de conhecimento das skills e da mecânica. É bem diferente do que já temos hoje, e é realmente baseado em movimentos – você consegue ver cada golpe, cada movimento do personagem, e muitos deles são perfeitamente condizentes com movimentos reais do Kung-Fu.
Também testei o novo sistema de talentos em uma Druida, e está bem simples, e com as opções mais voltadas para estilo de jogo do que eficiência. Uma coisa que notei, e não sei se é apenas para druida ou se é válido para todas as classes, é que grande parte dos talentos é extremamente útil em PvP [ou JvJ, como preferirem], como disengages, stuns e coisas do tipo.
Tentei fazer uma dungeon – o Templo Jade – mas depois do grupo wipar umas 3x no primeiro boss, que controlava elementais de água mais ‘dumal’ que os que geralmente vemos [certamente por causa do Sha], fomos chamados para as entrevistas com os desenvolvedores, e o grupo se desmachou.
Aliás, as entrevistas são um capítulo à parte: tive oportunidade de entrevistar o Tom Chilton e o J. Allen Brack, ambos diretores do jogo. Foi uma entrevista coletiva, com participação de todos os jornalistas e fansites de toda América Latina, mas tivemos boas respostas sobre, por exemplo, a possibilidade de renovar e melhorar a arte dos personagens antigos. Temos uma hora de entrevistas em vídeo, que estão em processo de edição e legendagem, e logo logo estarão disponíveis em nosso canal no Youtube… isso quer dizer que as novidades ainda não acabaram o/
Caso tenham alguma dúvida sobre a expansão, e eu souber responder – é MUITA info junta, posso ter mesmo esquecido de mencionar algo – responderei com todo prazer! Agora, é esperar pra conhecer Pandaria, ver a guerra acontecer, e matar o Garrosh, manos!