É difícil falar de MMOs sem que alguém te interrompa chamando de nolife, nerd e etc. Os jogos desse gênero realmente exigem um tempo maior do que os de console. E claro que daí existem vários artigos sobre o tema, o impacto social que eles exercem sobre nós. No entanto, um cientista sueco escreveu uma nova tese baseado especificamente nos relacionamentos no World of Warcraft, destacando os aspectos positivos dessa imersão dentro de um jogo.
Peter Stenberg passou 250 dias jogando o World of Warcraft, inclusive nesta expansão Cataclysm, para poder viver o jogo de verdade. O resultado foi a tese que, traduzindo, seria algo como “O jogo sério. O World of Warcraft e a fuga”. De acordo com Peter, existe uma espécie de “fuga” entre o mundo do jogo e o mundo real. E como essas relações sociais e os personagens acabam tendo impacto na vida real.
“O foco central dos role-playing games consiste nas ações repetitivas da vida real, como no trabalho. Eu matei dragões, comercializei itens e participei de grupos. Fiz amigos, entrei em guildas e coletei ervas e minerais. Participei de rituais e aprendi normas sociais, algumas documentadas e outras não.”
Além das vantagens no desenvolvimento de suas skills sociais, O cientista chama a atenção para outras habilidades que o World of Warcraft pode proporcionar: “Os que lideram grupos no jogo, aprendem habilidades que podem ser incluídas no currículo. Liderança, habilidade para lidar com problemas… são exemplos do que o jogo pode te ensinar”.
Usando como exemplo a tarefa de “passar o dia inteiro farmando materiais para craftar uma bota”, Peter explica que os jogadores aprendem o valor das coisas, no sentido de conseguir identificar o que é importante e traçar planos para atingir essas metas.
Concordo muito com a parte das skills de liderança. Se você reparar bem, quem não tem o menor talento para líder não quer nem montar uma Baradin Hold. Imagina liderar uma raid 40 do Classic? Número maior do que a maioria das equipes de trabalho que você pode vir a gerenciar. Mas faltou citar que às vezes companheiros de jogo podem virar amigos fora dele também!
Via News